Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Submarino “Tridente” parte em missão “discreta” de combate ao tráfico de droga e pessoas

13 jan, 2020 - 13:05 • Lusa

A missão insere-se nas operações “Sea Guardian”, da NATO, direcionada para o tráfico ilícito de armas e estupefacientes, e na “Shopia”, dinamizada pela União Europeia para combater a migração ilegal.

A+ / A-

O submarino português “Tridente” partiu esta segunda-feira numa missão de dois meses no Mar Mediterrâneo, que, de forma “discreta”, pretende recolher informações que ajudem no combate ao tráfico de droga e de pessoas.

“A grande vantagem do submarino é mesmo essa, fazer de forma discreta sem alterar o meio ambiente, ou seja, nós estamos no local e o prevaricador não sabe que está lá o submarino a efetuar recolha de informação”, explicou o comandante Ribeiro da Paz.

O militar falava aos jornalistas na Base Naval de Lisboa, em Almada, no distrito de Setúbal, na cerimónia de despedida dos 32 homens e uma mulher que estarão submersos nos próximos 60 dias, para recolher “informação vital” sobre o tráfico de armas, drogas e pessoas.

Ainda assim, indicou, o submarino “não tem uma ação imediata na contraordenação”, apenas recolhe “o padrão de vida na área” para o transmitir “aos parceiros da Aliança Atlântica que atuarão no mar com meios de superfície ou de terra”.

Esta é uma missão que se insere nas operações “Sea Guardian”, da NATO, que é mais focada no tráfico ilícito de armas e estupefacientes, e na “Shopia”, dinamizada pela União Europeia para combater a migração ilegal.

Foi uma partida sob um nevoeiro intenso, mas com “a moral da guarnição sempre em cima”, até porque, até porque “num corredor exíguo como é o espaço interior do submarino, convém que todos estejam bem-dispostos”, mencionou o comandante.

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, esteve presente na cerimónia, frisando que, através desta missão, Portugal está “a contribuir para tornar o mediterrâneo um pouco mais seguro”.

“Esta é uma operação muito importante porque todos nós conhecemos as tragédias que se vivem quotidianamente no Mediterrâneo, tragédias humanas e também algumas fontes de insegurança que afetam também Portugal”, explicou.

Segundo o governante, a segurança nesta zona “teve alguma melhoria” no ano transato, mas “as condições mais amplas mantêm-se, nomeadamente a insegurança no Norte de África e também grandes dificuldades no continente africano que são fonte de migrações para a Europa”.

No final da participação nestas operações, o submarino Tridente realiza um exercício no sul de Espanha, com a Marinha Espanhola, o que, segundo Gomes Cravinho, “permite reforçar a capacidade conjunta para combater os flagelos, que são os mesmos”.

O regresso do “Tridente” à Base Naval de Lisboa está previsto para março.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    13 jan, 2020 Lisboa 18:00
    Não se percebe bem como é que uma missão que se pretende "discreta", aparece nos jornais a ser publicitada, mas enfim ... Por cá até já se mandaram listas com nomes de agentes secretos para os jornais, portanto ...

Destaques V+