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Lisboa. Duas famílias e 31 estudantes retirados de prédio em risco de desabar

13 jan, 2020 - 16:07 • Redação

Bombeiros de Lisboa e Proteção Civil estabeleceram um perímetro de segurança e estão a avaliar condições de habitabilidade do edifício da Rua Tomás Ribeiro, em Picoas.

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Um prédio da Rua Tomás Ribeiro foi, esta segunda-feira, evacuado, por apresentar "fissuras em toda a largura da fachada lateral esquerda, devido às obras que se encontram em curso" no edifício ao lado, explicou o chefe Joaquim Afonso, dos Bombeiros Sapadores de Lisboa.

Um total de 31 estudantes e duas famílias, que moravam no nº89-91, tiveram que ser realojados, indica a Câmara de Lisboa, em resposta enviada à Renascença.

O prédio era “ocupado por 31 estudantes (residência) da Universidade de Lisboa, pelo Sindicato dos Magistrados Judiciais, por uma agência de viagens, uma clínica e por dois agregados - um de quatro e outro de três pessoas, respetivamente, ocupando dois fogos diferentes”.

Os universitários foram realojados na Pousada de Juventude, a família que é proprietária da habitação onde vivia optou por “recorrer a soluções próprias para realojamento” e, no caso do outro apartamento, que era arrendado, “o realojamento do agregado foi assegurado pelo seu proprietário”, explica a autarquia.

O edifício foi esta segunda-feira alvo de uma vistoria, “à qual se seguirá uma intimação para realização de obras de conservação”.

“As pessoas só deverão regressar às suas casas depois de se realizarem as obras necessárias a conferir segurança ao edifício, sujeitas a prévia fiscalização por parte da Câmara de Lisboa”, refere o comunicado.

De acordo com a mesma nota, a autarquia foi informada pelos moradores, em dezembro, para a “existência de fissuras nas paredes do prédio”.

Os técnicos deslocaram ao local, fizeram uma “vistoria e foram colocados fissurómetros (instrumentos de medição) de modo a monitorizar o imóvel”.

“Simultaneamente, a CML solicitou aos moradores do edifício para que dessem alerta logo que os “testemunhos” (fissurómetros) rompessem, o que hoje se verificou”, adianta a autarquia.

O alerta foi dado pelas 12h48. Os bombeiros dirigiram-se, de imediato, para o local, tendo encontrado o edifício já sem pessoas no interior, apurou a Renascença.

No primeiro e segundo andar deste edifício vivem os 31 estudantes, que foram alertados para a situação e aconselhados a retirarem os seus pertences do interior.

Os Bombeiros de Lisboa, em conjunto com a Proteção Civil, delimitaram um perímetro de segurança, que ainda não tem previsão de ser desmantelado. O trânsito não foi cortado, mas está a ser orientado pela Polícia Municipal de Lisboa.

Os Bombeiros e a Proteção estão a realizar uma avaliação conjunta das condições de segurança e de habitabilidade do prédio e a "injetar cimento na fachada".

Não há registo de feridos.

[notícia atualizada às 19h52]

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