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Criança de oito anos morre no Funchal um dia depois de ter alta hospitalar

13 jan, 2020 - 15:10 • Redação com Lusa

O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira já abriu um inquérito para averiguar o caso, mas o diretor da Urgência Pediátrica diz que "todos os protocolos de atuação foram cumpridos", afastando as hipóteses de erro ou negligência.

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Uma criança de oito anos morreu, no domingo à tarde, na triagem da urgência pediátrica do hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, um dia depois de aqui ter sido observada e de lhe ter sido dada alta hospitalar.

O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) já está a averiguar os contornos da situação, tendo o diretor da Urgência Pediátrica afastado as hipóteses de erro ou negligência.

"A criança deu entrada no Serviço de Urgência Pediátrica no sábado, 11 de janeiro, com um quadro compatível com uma infeção viral respiratória superior. Perante o quadro que a criança apresentava, foram cumpridos os protocolos de atuação preconizados e prescrita a medicação adequada", referiu, esta segunda-feira, o SESARAM em comunicado.

No dia seguinte, domingo, "por agravamento do seu estado clínico", a criança foi assistida no atendimento urgente do Centro de Saúde de Machico, a unidade da sua área de residência.

"Devido à sua situação inspirar cuidados mais diferenciados, [foi] transferida em ambulância, acompanhada por um profissional de saúde para o Serviço de Urgência Hospitalar no Funchal, onde, lamentavelmente, viria a falecer", acrescenta a nota.

Segundo o SESARAM, "aguarda-se decisão do magistrado do Ministério Público quanto à realização ou não de autópsia, a qual será comunicada diretamente à Medicina Legal".

O serviço regional adiantou que está disponibilizado apoio psicológico para acompanhar a família e os profissionais de saúde.

"O SESARAM e os seus profissionais lamentam profundamente o falecimento e solidarizam-se com os familiares", conclui.

Por seu lado, o diretor do Serviço de Urgência Pediátrica do Hospital Dr. Nélio Mendonça, Manuel Pedro Freitas, referiu à Lusa que a criança foi observada como habitualmente, com um quadro clínico compatível com um quadro viral.

"A criança foi corretamente observada, a medicação foi feita de acordo com a observação. Agora estamos à espera que haja uma autópsia para ver se esclarece alguma coisa [...]. Das análises que nós temos parece mesmo ser uma situação viral, mas é difícil dizer o que terá acontecido", reconheceu.

O médico salientou ainda que no dia da observação "a Urgência estava muito calma", sem atrasos nas observações ou na prestação de cuidados médicos.

"Não estamos a pensar nem em erro, nem em negligência. Está fora de questão", declarou.

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