Tempo
|
A+ / A-

Detidos pastores evangélicos suspeitos de auxílio à imigração ilegal

10 jan, 2020 - 12:34 • Liliana Monteiro

Entre os imigrantes que chegaram ilegalmente ao país encontram-se crianças. Todos os pastores estavam ligados a uma organização religiosa na Grande Lisboa.

A+ / A-

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras deteve esta sexta-feira um grupo de pastores evangélicos suspeitos de auxílio à imigração ilegal.

Os detidos são dois homens e uma mulher, todos brasileiros, e são líderes da Assembleia de Deus Ministério do Avivamento (ADMA).

O SEF fez ainda cinco buscas domiciliárias na zona da Grande Lisboa, incluindo Cascais, Montijo e Venda Nova, na Amadora. Nesses locais foram identificadas cerca de três dezenas de cidadãos estrangeiros, entre eles crianças, oriundos sobretudo do Brasil, alojados em diferentes locais de culto, em condições muito precárias.

O Ministério Púbico acredita que estas pessoas foram trazidas para Portugal para trabalharem para a Igreja, ficando em situação ilegal, sujeitas a condições indignas de alojamento e salubridade, mas também sem qualquer pagamento pelos serviços prestados, sendo ainda obrigadas a pagar à ADMA.

Segundo nota do SEF, os cidadãos estrangeiros, angariados pela organização religiosa no país de origem, encontravam-se na sua maioria em situação irregular em Portugal sem documentos válidos.

Os detidos encontram-se no Tribunal da Amadora esta sexta-feira para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação.

A ADMA, que é neopentecostal, não pertence à Aliança Evangélica, que reúne diferentes igrejas evangélicas em Portugal, nem tem qualquer relação com as Assembleias de Deus, que são um dos principais movimentos evangélicos no país.

[Notícia atualizada às 16h12]

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+