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Trudeau acredita que avião ucraniano foi abatido por míssil iraniano, Teerão diz que é "questionável”

09 jan, 2020 - 20:22 • Redação com Lusa

Pelo menos 63 cidadãos canadianos estavam a bordo. "Pode não ter sido intencional", acusa o primeiro-ministro canadiano.

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O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, afirmou esta quarta-feira que o seu Governo dispõe de informações de que o voo 752 de Ukranian International Airlines (UIA) foi derrubado por um míssil iraniano. Trudeau, que falava numa conferência de imprensa, acrescentou que a ação "pode não ter sido intencional".

O aparelho, um Boeing 737 da companhia aérea privada ucraniana UIA, descolou na quarta-feira de manhã da capital iraniana, Teerão, em direção à capital da Ucrânia, Kiev.

O avião despenhou-se dois minutos depois da descolagem, matando as 176 pessoas (passageiros e tripulantes) que estavam a bordo, a maioria de nacionalidade iraniana e canadiana. Pelo menos 63 cidadãos canadianos estavam a bordo. Onze ucranianos, incluindo nove membros da tripulação, estão, igualmente, entre as vítimas mortais do acidente. Também estavam dentro do avião da UIA cidadãos oriundos da Suécia, Afeganistão, Alemanha e Reino Unido.

A Ucrânia enviou para Teerão uma equipa de 45 investigadores para estudar as causas do desastre aéreo.

A tese de que a aeronave foi derrubada por balística iraniana também é partilhada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que disse ter “um conjunto de informações" de que o Boeing 737 ucraniano foi "abatido por um míssil iraniano de superfície para ar".

Quatro oficiais norte-americanos que falaram sob a condição de anonimato, citados pela Associated Press, referiram que o avião ucraniano poderá ter sido confundido como uma ameaça por parte de Teerão.

Irão pede ao Canadá para partilhar informações sobre avião ter sido abatido por míssil

O Irão pediu hoje ao Canadá para partilhar as informações sobre o voo 752 de Ukranian International Airlines (UIA) ter sido derrubado por um míssil iraniano, considerando que essas informações são “relatos questionáveis”.

De acordo com a agência France-Presse, Teerão convidou Otava a “partilhar” com a comissão de inquérito iraniana, criada depois de o voo comercial ter caído perto da capital do Irão, na quarta-feira de manhã, provocando a morte dos 176 ocupantes, entre passageiros e tripulação.

O Ministério das Relações Exteriores do Irão convidou também a Boeing, fabricante da aeronave, a “participar” na investigação.

[Notícia atualizada às 23h12]

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