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Polícias organizam encontro nacional para decidir protestos de 21 de janeiro

09 jan, 2020 - 06:49 • Lusa

Sindicatos da PSP e associações profissionais da GNR reúnem-se esta quinta-feira com o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís.

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Sete sindicatos da PSP e a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) organizam, esta quinta-feira, um encontro nacional aberto a todos os polícias, para decidir quais as ações de protesto a realizar a 21 de janeiro.

O encontro, que vai realizar-se na Voz do Operário, em Lisboa, foi decidido como resposta à “postura intransigente" do Ministério da Administração Interna (MAI) no processo negocial em curso, segundo a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), um dos sindicatos organizadores.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, adianta que para a próxima manifestação estão a ser pensadas outras ações de luta, para além das realizadas no dia 21 de novembro.

Os sindicatos da PSP e as associações profissionais da GNR exigiam uma solução para as principais reivindicações da classe.

O Movimento Zero (M0), um movimento social inorgânico criado em maio de 2019 por elementos da PSP e da GNR, já anunciou a realização de uma concentração em todos os aeroportos portugueses a 21 de janeiro e apelou a todos os polícias que participem nesse protesto.

O Movimento Zero, bastante visível na manifestação de novembro, precisa também que a partir de 21 de janeiro os aeroportos portugueses vão ter elementos do movimento "por tempo indeterminado".

"Não vamos permitir nova humilhação em São Bento, com muros idênticos aos que cercam criminosos. Não vamos permitir um adiar de soluções, com usual desdém, seja por parte da tutela, seja por parte das altas hierarquias das instituições PSP e GNR", sublinhou o grupo.

Paulo Rodrigues garantiu que a ação do M0 "não vai condicionar" outros protestos.

Entre as reivindicações da classe policial e militar da GNR estão o pagamento do subsídio de risco, a atualização salarial e dos suplementos remuneratórios, o aumento do efetivo e mais e melhor equipamento de proteção pessoal.

O Ministério da Administração Interna definiu um calendário específico das matérias objeto de diálogo com os sindicatos e as associações socioprofissionais das forças de segurança, tendo o primeiro ponto das negociações, o pagamento dos retroativos dos suplementos não pagos em período de férias, decorrido sem um acordo.

Para esta quinta-feira está agendada uma nova reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, e em cima da mesa das negociações vai estar o plano plurianual de admissões para a PSP e a GNR.

A 16 de janeiro de 2020 serão discutidos, em nova reunião, os suplementos remuneratórios e a 13 de fevereiro estará em discussão a nova lei de programação das infraestruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança, e em 05 de março será a segurança e saúde no trabalho.

Comentários
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  • ze
    09 jan, 2020 aldeia 08:14
    Já era "tempo" dos governantes darem uma resposta positiva a esta classe.

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