O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) vai abster-se na votação sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2020. A decisão foi anunciada esta quinta-feira pela líder da bancada parlamentar do partido, Inês Sousa Real.

Na conferência de imprensa para a anunciar o sentido de voto da bancada, Inês Sousa Real considerou que a proposta do Governo "fica aquém" das ambições e intenções do PAN em várias áreas, como, por exemplo, o ambiente e violência doméstica.

"O Governo não faz um compromisso efetivo naquilo que é necessário para construir os alicerces para termos uma sociedade mais justa quer do ponto de vista social, laboral ou até mesmo ambiental e, nesse sentido, não vamos votar favoravelmente, iremos abster-nos neste Orçamento do Estado e esperamos que, em especialidade, o Governo tenha um particular cuidado de acolher não só as preocupações do PAN para aquilo que são as necessidades do país, como também de perceber que temos de ser mais ambiciosos quer em matéria social, quer em matéria de alterações climáticas e do combate a este desafio do século XXI", disse.

O PCP também anunciou esta quarta-feira que se vai abster na votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2020.

“O voto de abstenção que o PCP adotará na votação na generalidade do Orçamento do Estado é assumido como uma forma de não fechar as possibilidades de avançar no sentido da defesa, reposição e conquista de direitos e de resposta aos problemas estruturais com que o país está confrontado”, declarou João Oliveira.

O Chega, de André Ventura, revelou que vai votar contra a proposta de OE para este ano.

A proposta apresentada pelo Governo é "essencialmente irrealista", afirma o deputado. André Ventura votará contra também porque "não foram acauteladas" as exigências que apresentou, e que se prendiam com subsídios de risco para as forças policiais, e de alojamento para os professores, bem como uma revisão e descongelamento das carreiras do pessoal médico.

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