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Dia Mundial da Paz. Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa preocupado com atentados à liberdade de culto

01 jan, 2020 - 10:55 • Ecclesia

A Igreja Católica celebra o início de 2020 com uma proposta do Papa Francisco, sobre o tema “A paz como caminho de esperança: diálogo, reconciliação e conversão ecológica”.

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O presidente da Comissão de Liberdade Religiosa (CLR), José Vera Jardim, manifestou a sua preocupação com os atentados à liberdade de culto e de consciência, a nível global.

“Há, hoje em dia, em variadíssimas partes do mundo, uma perseguição religiosa grave, que atenta contra o princípio da liberdade religiosa e atenta contra a liberdade de consciência, de culto”, referiu o responsável, em entrevista a respeito do Dia Mundial da Paz, que se assinala neste primeiro dia de janeiro, por iniciativa da Igreja Católica.

Este responsável fala no “direito e dever” que cabe às confissões religiosas de estar presentes nos grandes debates da sociedade, dando o seu contributo, a começar pela questão da paz.

“Há quem entenda que o papel das religiões é um papel reservado ao interior da vida de cada um, ao culto fechado dentro das respetivas igrejas, sem presença visível na sociedade. Eu não tenho esse entendimento”, indica Vera Jardim.

A Igreja Católica celebra o início de 2020 com uma proposta do Papa Francisco, sobre o tema “A paz como caminho de esperança: diálogo, reconciliação e conversão ecológica”.

Para o presidente da CLR, esta é uma “mensagem muito importante”, que não se limita às comunidades católicas.

“O Papa refere-se a isto: a paz não é apenas a ausência de guerra, a paz é um estado de espírito, das pessoas e das comunidades”, precisa.

Confessa-se ainda um “profundo admirador” da ação do Papa Francisco, como a sua atenção aos “problemas ecológicos”.

“Estamos confrontados com problemas sérios” que podem gerar conflitos, com base na necessidade de “garantir as condições de sobrevivência”, adverte o antigo ministro socialista.

O presidente da CLR considera que se vive “uma situação preocupante em quase todo o mundo”.

“Há um desentendimento profundo entre as pessoas, entre instituições, entre grupos religiosos, apesar dos exemplos muito bons de diálogo inter-religioso que se têm dado nos últimos anos”, observa.

Vera Jardim sustenta ainda que as novas gerações devem “ter consciência do valor que significa a paz”, procurando contrariar o medo “baseado no desconhecimento”, através do “respeito mútuo”.

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