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Eleições

Umaro Embaló é o novo Presidente da Guiné-Bissau

01 jan, 2020 - 11:32 • Redação

Segundo a Comissão Nacional de Eleições, o candidato do Movimento para a Alternância Democrática venceu a segunda volta das eleições presidenciais com 53,55 % dos votos.

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Umaro Sissoco Embaló, candidato do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), venceu as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, anunciou esta quarta-feira a Comissão Nacional de Eleições.

Segundo os resultados apresentados pela CNE, numa unidade hoteleira em Bissau, Umaro Sissoco Embaló foi eleito Presidente da Guiné-Bissau com 53,55 % dos votos.

A segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau realizou-se no domingo.

O governo português já veio felicitar Umaro Sissoco Embaló e a forma como se realizaram as eleições. A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, sublinha à Renascença o sinal de maturidade que Guiné Bissau deu.

"Congratulamo-nos pelo facto de as eleições terem decorrido de forma participada, ordeira, o que é um sinal de maturidade do povo guineense", referiu.

Nesta primeira reação, Teresa Ribeiro sublinha as relações entre Portugal e Guiné Bissau, relações que, diz, não mudam consoante os resultados de eleições.

"Quaisquer que sejam as eleições, quaisquer que sejam os candidatos vencedores, as relações de Portugal com a Guiné-Bissau são estáveis, são permanentes, são duradouras e não são seguramente afetadas por qualquer resultado eleitoral", concluiu a secretária de Estado.

"É o momento de estender as mãos a todos os guineenses"

O vencedor das eleições presidenciais da Guiné-Bissau disse hoje que é o Presidente de todos os guineenses e que vai promover a concórdia nacional. "Penso que já acabou a euforia da campanha, agora sou o Presidente da República de todos os guineenses e é o momento de estender a mão a todos os guineenses para batizarmos uma nova Guiné", afirmou Umaro Sissoco Embaló em declarações aos jornalistas numa unidade hoteleira em Bissau, capital do país.

"Eu, como disse, reformulo outra vez ser um Presidente da concórdia nacional, um homem de rigor, de disciplina, de combate à corrupção e à droga. Isso, eu mantenho. A Guiné não será aquele Estado que permite a cada um falar da Guiné como quer. Agora há um homem de Estado", salientou.

Umaro Sissoco Embaló afirmou também que os guineenses vão passar a sentar-se à mesa para resolver os seus problemas e que "não haverá imiscuições", porque a Guiné-Bissau é uma "República soberana e independente". "Não há um Estado pequeno, há países pequenos, mas todos os estados são iguais. Vim da esfera das forças armadas e vou aplicar a minha sabedoria e ouvir os conselhos dos guineenses, não do exterior, o conselho dos meus irmãos da Guiné, que votaram em mim, porque tenho um compromisso com eles", frisou.

Questionado sobre se o seu adversário na corrida às presidenciais já lhe tinha telefonado, o Presidente eleito disse que ainda não. "Há um Presidente eleito, nós somos irmãos, e ele é presidente do PAIGC e eu não posso excluir Domingos Simões Pereira porque 46% da população da Guiné-Bissau votou nele. Tenho de utilizar estes 46% para que sintam também que sou o candidato deles", vincou.

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