26 dez, 2019 - 13:18 • Cristina Nascimento
A Direção-geral da Saúde garante que estamos “a caminho do pico” da atividade gripal.
“Estamos em atividade gripal crescente, moderada, a caminho do pico. Calcula-se que estejamos em pico agora ou para a semana ou dentro de suas semanas, o mais tardar”, explicou a diretora-geral, Graça Freitas.
A responsável da DGS garante que, “até agora a situação é controlada”, que têm estado “a monitorizar as urgências hospitalares, os cuidados de saúde primários e com casos que não têm sido graves”.
As temperaturas mais amenas e a vacinação podem justificar o cenário que se verifica.
Em entrevista à Renascença, a diretora-geral da Saúde já tinha admitido que o pico da gripe devia ser atingido entre o Natal e o Ano Novo. Graça Freitas explicou que a evolução da atividade gripal depende do tipo de vírus que circula.
“Há vírus que circulam mais precocemente, que é o que está a acontecer este ano, e há vírus cuja circulação é mais tardia. Tudo indica que o vírus, que este ano parece que vai dominar a atividade gripal, vai ter uma atividade mais precoce”, explicou a especialista.
A DGS recomenda a vacinação aos profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, incluindo os bombeiros, bem como a pessoas entre os 60 e os 64 anos, grávidas e alguns doentes crónicos.
Este ano, pela primeira vez, as vacinas são tetravalentes, protegendo contra quatro tipos de vírus, quando até aqui protegiam para um máximo de três. A vacina tetravalente faz aumentar a probabilidade de o conteúdo da vacina coincidir com os vírus que vão circular e há a expectativa de a vacina ser mais efetiva.
A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.