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Diretas no PSD. Número de militantes que pode votar cai quase para metade

23 dez, 2019 - 21:32 • Lusa

Pelo menos 40 mil militantes sociais-democratas reúnem as condições para votar, menos 30 mil em relação a 2018.

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Pelo menos 40 mil militantes do PSD têm as quotas em dia e podem votar nas diretas para escolher o próximo presidente, de acordo com dados ainda provisórios disponibilizados no site do partido após o encerramento dos cadernos eleitorais.

Contactado pela Lusa, o secretário-geral adjunto do PSD Hugo Carneiro salientou que não são números finais, uma vez que será ainda necessário incluir os pagamentos recebidos por cheque que tenham dado entrada até ao prazo limite - as 00h00 de 22 de dezembro - e fazer "outras conciliações contabilísticas", o que poderá demorar ainda alguns dias.

No site "PSD ao segundo", estão contabilizados 40.451 militantes com quota válida no mês da eleição, janeiro de 2020, num total de 107.373 militantes ativos (que tenham pago pelo menos uma quota nos últimos dois anos).

Ou seja, estão em condições de votar nas diretas de 11 de janeiro - com uma eventual segunda volta uma semana depois - pouco mais de 36% dos militantes ativos.

Ainda assim, no último mês, duplicou o número de militantes com quotas em dia, já que em 22 de novembro eram apenas cerca de 20 mil os que tinham as quotas em dia.

Há dois anos, o universo eleitoral foi de mais de 30 mil militantes: 70.385, mas acabaram por votar 42.655, cerca de 60% do total.

Por estruturas, é a distrital do Porto, como habitualmente, que regista o maior número de militantes em condições de votar, 7.632 (18,87% do total), seguindo-se a de Lisboa Área Metropolitana, com 5.747 (14,2% do total).

Seguem-se Braga e Aveiro, com respetivamente, 5.656 e 4.338 militantes com quotas válidas.

Desta forma, Porto, Lisboa Área Metropolitana, Braga e Aveiro centralizam 57,78% dos militantes do PSD que irão votar nas próximas diretas.

Seguem-se, por ordem de número de militantes com quotas válidas, Leiria, Coimbra, Guarda, Viseu, Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Santarém, Faro e Setúbal, com entre 2.000 e 1.000 militantes com quotas válidas.

Com menos quotas pagas, estão as estruturas de Fora da Europa - apenas dez -, da Europa (99), e da Madeira, onde apenas 104 dos 10.270 militantes ativos pagaram a sua quota, cerca de 1% do total.

Na semana passada, e depois de o baixo número de militantes madeirenses ter sido questionado pela candidatura de Montenegro, o secretário-geral adjunto não quis entrar em detalhes, dizendo tratar-se de uma "questão administrativa interna de conciliação de bases de dados", na qual a sede nacional e o PSD-Madeira estariam "a trabalhar em conjunto".

Este ano foram aprovadas novas regras de pagamento de quotas no PSD que determinam que os militantes recebem, por via postal ou eletrónica, uma referência de multibanco aleatória e apenas com validade de 90 dias - para novo pedido é preciso enviar um comprovativo de residência -, enquanto antes a referência para pagamento de quotas correspondia ao número de militante, antecedido de zeros.

Se do lado da direção se destaca o objetivo de introduzir "mais transparência" e evitar o pagamento de quotas em massa por grupos de pessoas, a candidatura de Luís Montenegro tem contestado que se tenham introduzido novas regras em cima do processo eleitoral, e já pediu ao Conselho de Jurisdição Nacional (CJN) que garanta igualdade no processo eleitoral, impedindo que "quem tem a chave do cofre" das bases de dados dos militantes possa ter vantagens.

São candidatos à liderança do PSD o atual presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.

[notícia atualizada às 00h30]

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