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Guterres foi ao Vaticano falar de intolerância religiosa

20 dez, 2019 - 11:32 • Ecclesia

O secretário-geral da ONU tem-se mostrado preocupado com o tema da violência religiosa, citando como exemplo os ataques a cristãos no Sri Lanka e a muçulmanos na Nova Zelândia, só este ano.

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O Papa Francisco recebeu esta sexta-feira no Vaticano o secretário-geral da ONU, António Guterres, em audiência privada.

O responsável português tinha adiantado, no início da semana, a intenção de falar sobre o tema da liberdade religiosa, mostrando-se “profundamente preocupado pelo aumento da intolerância”.

“Os ataques mortais contra as mesquitas na Nova Zelândia, as sinagogas nos Estados Unidos e as igrejas no Sri Lanka na Páscoa demonstram a urgência de agir para que todos, independente da sua fé religiosa, possam desfrutar plenamente seus próprios direitos humanos. A diversidade é uma riqueza, não uma ameaça”, referiu Guterres, em entrevista ao portal de notícias do Vaticano.

O secretário-geral das Nações Unidas elogiou o papel do Papa na defesa da paz e das causas ambientais, mostrando a sua “admiração” pelo pontífice.

“É uma voz forte sobre a crise climática, sobre a pobreza e sobre a desigualdade, sobre o multilateralismo, sobre a proteção dos refugiados e migrantes, o desarmamento e sobre muitas outras questões importantes”, sustentou.

Para António Guterres, a figura do Papa é uma referência no trabalho da ONU pelo “desenvolvimento sustentável, a luta pelas mudanças climáticas e a promoção de uma nova cultura de paz”.

O responsável português mostrou-se ainda “desiludido” com os resultados da COP25 – Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que decorreu em Madrid.

“A comunidade internacional perdeu uma importante ocasião para afirmar uma ambição mais decidida sobre a mitigação, a adaptação e o financiamento para lutar contra a crise climática”, observou.

Apontando ao 75.º aniversário da ONU, em 2020, o secretário-geral admite a necessidade de mudanças e, em particular, diz que cabe aos Estados membros determinar “o modo como será reformulado o Conselho de Segurança”.

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