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Pelo menos 22 mortos em ataque no noroeste do Congo

15 dez, 2019 - 20:25 • Redação, com agências

Vítimas são todas civis. Rebeldes ugandeses das Forças Democráticas Aliadas têm atacado o país vizinho para efetuar roubos e conseguir aprovisionamentos.

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Pelo menos 22 civis foram mortos no sábado à noite num novo ataque perpetrado por rebeldes ugandeses das Forças Democráticas Aliadas no noroeste da República Democrática do Congo, confirmaram este domingo à Efe fontes militares.

O ataque aconteceu na aldeia de Ndombi, no território da localidade de Beni, na problemática província de Kivu do Norte.

Mak Hazukay, na qualidade de porta-voz do exército para as operações que se realizam naquela zona, disse à Efe que a situação é muito difícil nos arredores de Beni, onde na passada sexta-feira os rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla inglesa) já tinham causado outras seis mortes.

"São verdadeiramente complicadas as incursões dos assaltantes. Infelizmente alcançaram esta aldeia e mataram os habitantes à facada", acrescentaram.

A organização Sociedade Civil de Beni confirmou também o ataque, mas advertiu que o balanço das mortes poderá aumentar.

A organização não-governamental local Centro de Estudos para a Promoção da Paz, da Democracia e dos Direitos Humanos estima que apenas no último mês terão morrido às mãos da ADF 153 civis.

Este grupo iniciou uma campanha violenta em 1996 no oeste do Uganda como contestação política ao regime do presidente ugandês, Yoweri Museveni, mas a pressão militar forçou a sua retirada para fronteira com a RD Congo.

Deste então efetuam incursões em Kivu do Norte, sobretudo para roubar e ter aprovisionamentos.

O seu programa é difuso, mas há uma possibilidade de ligação à organização 'jihadista' autodenominada Estado Islâmico.

Colapso de mina provoca 28 mortos

Ainda na RD Congo, o colapso de uma mina de ouro, este sábado, em Ituri, no leste do país, provocou pelo menos 28 vítimas mortais, "incluindo crianças que trabalham junto de adultos", disse o deputado local Paulin Odiama, citado pela agência espanhola EFE,

Nos últimos dias têm-se registado fortes chuvas, o que terá estado na origem do colapso e consequente tragédia.

Mais a sul, uma rede de organizações da sociedade civil também identificou "31 casos de morte, entre 7 e 14 de dezembro, devido a deslizamentos de terra, subsidência de solo ou paredes desabadas".

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