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Pinto Luz acusa Rio de defender "uma coisa à segunda-feira e outra à terça"

14 dez, 2019 - 21:12 • Lusa

Candidato à liderança do PSD vê indicação de marido de deputada para Conselho Superior do MP como "falta de coerência".

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O candidato à presidência do PSD Miguel Pinto Luz acusou este sábado de incoerência o atual líder, Rui Rio, por ter indicado o advogado Rui Silva Leal, marido da deputada Mónica Quintela, para o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP).

"Vejo essa posição como uma falta de coerência, e nós não podemos defender uma coisa à segunda-feira e depois defender outra à terça ou à quarta", disse o candidato à agência Lusa, notando que "isso é sinalizador também de um grande divórcio entre os eleitos e os eleitores".

Miguel Pinto Luz comentava a decisão de Rui Rio ter indicado para o CSMP o advogado Rui Silva Leal, marido da deputada e porta-voz do PSD para a área da Justiça, Mónica Quintela.

"Nós não podemos atacar o Governo do Partido Socialista à segunda-feira, porque faz nomeações pouco claras de vários elementos e vários familiares, e depois à quarta-feira nomearmos alguém com todo o valor, não é nada disso que está em causa, nomearmos alguém que tem uma relação familiar muito próxima com um membro da Comissão Política Permanente do PSD", assinalou.

Questionado sobre se partilha da posição do seu opositor, Luís Montenegro, que considerou que "não faz sentido que uma direção" que "está de saída, escolher pessoas [para aqueles órgãos] quando tem mais um mês de trabalho político", Miguel Pinto Luz salientou que "isso não tem qualquer comentário".

"O presidente do partido está a exercer o seu mandato, e exercerá até ao fim, até ser nomeado um novo presidente do partido", advogou.

Além do vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, são candidatos à liderança do PSD o atual presidente Rui Rio e o antigo líder da bancada parlamentar do partido Luís Montenegro.

As eleições diretas para escolher o próximo presidente social-democrata realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o Congresso entre 7 e 9 de fevereiro, em Viana do Castelo.

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  • Márcio Lineas
    16 dez, 2019 Lisboa 09:26
    Das duas uma. Ou Pinto Luz não consegue ver as diferenças entre os dois casos ou está a agir de má fé. Ambas as situações não abonam a seu favor. Não foi nomeado para nenhum cargo. Foi indicado para uma lista que vai ser votada por todos os deputados da Assembleia da República, onde o PSD não tem maioria e que pode ou não aprovado. É um cargo sem vencimento. Este é um caso muito diferente ao contrário dos múltiplos exemplos que protagonizaram o chamado familygate do PS em que este fazia a nomeação direta de familiares 'em catadupa' por parte de um Governo para lugares executivos com salário atribuído e pago por quem nomeia. Se Pinto Luz não consegue ver a diferença não está em condições de ser líder do PSD

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