Emissão Renascença | Ouvir Online
Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
A+ / A-

Boas razões para deitar foguetes

13 dez, 2019 • Opinião de Ribeiro Cristovão


No rescaldo de mais uma semana europeia de futebol há boas razões para festejar. O saldo é francamente positivo e abrange diversas áreas.

Para começar as quatro vitórias registadas por equipas portuguesas nas competições da UEFA: a começar pelo Benfica, que despachou os russos do Zenit, embora sem ter conseguido continuar naquela que é a mais importante competição e, não muito tempo depois, FCPorto, Sporting de Braga e Vitória de Guimarães na antiga Taça UEFA.

Resta o dissabor do Sporting, que não foi capaz de segurar o comando do seu grupo, e produziu mais uma exibição e um resultado que não merecem mais do que um rabisco na página esquerda da sua gloriosa história. O treinador Jorge Silas correu riscos demasiados ao introduzir nove alterações numa equipa já de si depauperada e, ainda por cima, com a justificação de um cansaço que não é fácil perceber “nesta altura do campeonato.”

Grande mérito para os dragões, que concretizaram, com sucesso, o assalto ao primeiro lugar do seu grupo, numa noite eletrizante que só foi pena não ter contado com a habitual presença do seu público afeto.

E, do mesmo modo, referência especial para o comportamento do Sporting de Braga, capaz de vencer fora pela segunda vez (já vencera no Wolverhampton) e assim cimentar a qualidade do seu futebol quando jogado no exterior.

E, sem sair do Minho, aplauso especial para o Vitória de Guimarães, não apenas por ter sido capaz de vencer no campo de um alemão poderoso, mas porque, tendo entrado no denominado “grupo da more” deixou, ao longo de seis jogos, uma imagem de qualidade que não vai certamente deixar de ter reflexos no futuro.

Para além de tudo isto, que não é pouco, o brilhante saldo granjeado pelos treinadores portugueses: são nada menos de nove presentes na fase a eliminar das duas competições europeias. José Mourinho é o único a permanecer na Liga dos Campeões mas, para além dele, temos Bruno Lage, Sérgio Conceição, Sá Pinto, Silas, Nuno Espírito Santo, Paulo Fonseca, Pedro Martins e Luis Castro.

Num país que tem cerca de duzentos treinadores e adjuntos a trabalhar espalhados pelos cinco continentes, muitos deles com uma soma considerável de vitórias, há boas razões para festejar os muitos passos em frente que têm sido dados nos últimos anos.

O mesmo pudéssemos nós dizer em relação àquilo que se passa, em vários domínios, a nível interno. Mas essa é outra conversa…

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.