Tempo
|
A+ / A-

Ministro das Infraestruturas. ​"Precisávamos de Lisboa/Porto numa hora e um quarto" de comboio

12 dez, 2019 - 18:38

Pedro Nuno Santos também defende uma ligação a Espanha "a velocidade mais alta".

A+ / A-

O ministro das Infraestruturas defende que o país precisava de uma ligação ferroviária que permitisse fazer a viagem Lisboa/Porto "numa hora e um quarto" e também uma ligação a Espanha "a velocidade mais alta".

"Em toda a nossa malha ferroviária, incluindo a ligação a Espanha, verdadeiramente o que nós precisamos, (...) há muito tempo, é de ter uma distância entre o Porto e Lisboa muito mais curta em tempo", disse Pedro Nuno Santos, que falava no encontro "Os Desafios da Indústria Ferroviária Nacional", em Lisboa.

Questionado sobre se o Governo tem planos para retomar o projeto do comboio de alta velocidade (TGV), o governante preferiu falar sobre "distância em tempo".

"Precisávamos de Lisboa/Porto numa hora e um quarto. (...) Não falemos de siglas, falemos de tempo", considerou.

Na opinião do ministro, encurtar o tempo da viagem de comboio entre aquelas duas cidades permitiria organizar a "economia de forma completamente diferente".

Para Pedro Nuno Santos, o projeto do TGV é um debate que "tem de ser feito" e não constitui um "assunto tabu" para o Governo.

"Este debate tem de ser feito (...) sem nos saltar a tampa e começarmos a sonhar em linhas TGV por todo o lado", advertiu o ministro, caso contrário, disse, Portugal corre o risco de ser "em poucos anos, o único país da União Europeia" fora daquilo a que chamou de rede de "velocidade boa".

Em agosto, numa entrevista emitida no Canal 11, da Federação Portuguesa de Futebol, quando questionado sobre se uma eventual candidatura ibérica à organização do Mundial de Futebol de 2030 implicaria infraestruturas como uma ligação de TGV entre Lisboa e Madrid, o primeiro-ministro, António Costa, respondeu que o tema "é bastante tóxico em Portugal e a seu tempo é uma discussão que voltará".

O primeiro-ministro disse ainda ter "quase a certeza" de que a questão voltaria à ordem do dia, "não numa discussão sobre a ligação entre Lisboa e Madrid, mas sobre a inserção de Portugal no conjunto da rede de alta velocidade na Península Ibérica".

António Costa defendeu, no entanto, que ainda não é altura de o tema do TGV voltar à atualidade política: "Não está manifestamente maduro, nem há condições económicas nem condições financeiras no próximo quadro comunitário para que esse tema surja. Daqui a sete anos, eventualmente, é um tema que poderá voltar a surgir", afirmou António Costa.

"Vamos ter um quadro institucional mais robusto para que daqui a sete anos possamos ter essa discussão [do TGV] com calma e serenidade, já estudada", disse António Costa.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • ANTONIO FERREIRA
    13 dez, 2019 13:39
    Precisamos. Quem? Assim só retórica não chega.Tem de explicar melhor.. Eu também gostava de ir para o trabalho em meia hora e levo muito mais e olhem que não são mais 30 km em vez dos 300 para Porto.
  • ANTONIO FERREIRA
    13 dez, 2019 13:34
    Precisamos. Quem? Assim só retórica não chega.Tem de explicar melhor.. Ou ambem gostava de ir para o trabalho em meia hora e levo muito mais e olhem que não são mais 30 km em vez dos 300 para Porto.
  • Miguel
    12 dez, 2019 Chaves 21:23
    era porreiro que o problema dos atrasos partissem do ministro. palestra agendada para as 8.30 com duraçao de 30m e este senhor ministro aparecer as 10....

Destaques V+