10 dez, 2019 - 18:01 • Maria João Costa
“Reconciliação” foi eleita pelos moçambicanos como a palavra do ano de 2019. Recolheu 29% dos votos. O anúncio foi feito esta terça-feira, na Biblioteca do Camões – Centro Cultural Português, em Maputo, e contou com a presença do escritor José Eduardo Agualusa, a viver atualmente em Moçambique.
De acordo com a Porto Editora que promove esta iniciativa da Palavra do Ano entre as palavras candidatas estavam também “extradição” que recolheu 23% dos votos e “catástrofe” que somou 13% das escolhas.
Segundo o grupo editorial que edita livros sobretudo na área escolar naquele país, a escolha da palavra Reconciliação “terá sido influenciada pela visita, em setembro passado, do Papa Francisco, cujos inúmeros apelos à reconciliação e à paz no país tiveram um enorme impacto social e político”.
A votação foi eletrónica, através da página www.palavradoano.co.mz que durante o mês de novembro recolheu o veredicto dos moçambicanos. Em comunicado, a Porto Editora explica que: “em relação às candidatas classificadas em segundo e terceiro lugar, respetivamente, é de lembrar que se relacionam com dois factos diferentes: ‘extradição’ resulta do escândalo envolvendo o antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, detido na África do Sul na sequência de um mandado de captura internacional pedido pelos EUA; ‘catástrofe’ refere-se à terrível destruição de vidas, bens, vias de comunicação e colheitas causada pelos ciclones Idai e Kenneth, em especial no Norte e no Centro de Moçambique.”
Na lista de palavras, promovida em Moçambique por iniciativa da Plural Editores Moçambique, com o apoio do Camões, I.P. estavam outras palavras. «Eleições» teve 8% dos votos, seguida por “instabilidade” (8%), “pastor” (6%), “investimento” (5%), “xenofobia” (3%), “prisão” (3%) e “tráfico” (2%).
Em Portugal e em Angola, a votação para eleger a Palavra do Ano ainda decorre até ao final de dezembro através dos sites www.palavradoano.pt e www.palavradoano.co.ao