10 dez, 2019 - 12:15 • Redação
No âmbito da Cimeira do Clima COP25, que decorre em Madrid, a WWF (World Wildlife Fund) espanhola e o Museu do Prado lançam a campanha “+1,5º Muda Tudo” para alertar para o impacto do aumento de 1,5 graus da temperatura. Esta iniciativa utilizou quatro quadros conceituados do museu para demonstrar o antes e o depois das alterações climáticas.
"+ 1,5º é o momento decisivo estabelecido pelos cientistas para evitar os piores danos e as consequências imprevisíveis das mudanças climáticas", lê-se nos site da WWF.
O quadro "O Guarda-sol", do pintor espanhol Francisco de Goya, demonstra que o aumento de 1,5º levaria ao "drama dos refugiados e deslocados climáticos".
Em 2050, a ONU prevê haver mil milhões de refugiados climáticos.
A obra "Felipe IV a cavalo", do pintor espanhol Diego Velázquez, é utilizada para ilustrar que até ao final do século "com mais 1,5º , o nível do mar subiria mais um metro e desapareceriam estados e populações inteiras".
Já "Caronte atravessando o Estige", do artista belga Joachim Patinir, demonstra que a subida de temperatura aumentará as secas, ameaçará os rios e as colheitas.
Tal como Espanha, Portugal vive um período de seca. Esta foi uma das principais causas apontadas para a descida de oito posições no Índice de Desempenho das Alterações Climáticas 2020, de acordo com a tabela divulgada na Conferência do Clima, em Madrid.
A quarta obra escolhida para retratar o aumento da acidez do mar e o desaparecimento de populações inteiras de peixes foi "Meninos na praia", de Joaquín Sorolla.
"30% das espécies podem desaparecer por não se conseguirem adaptar aos impactos das alterações climáticas", alerta a WWF.
A WWF associou a esta iniciativa o abaixo-assinado "Luta pela tua natureza" que já conta com mais de 15 mil assinaturas das 150 mil definidas.