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Morte de Carlos Amaral Dias

Joana Amaral Dias. “O que aconteceu foi um cocktail fatal de acidentes, negligência e incompetência”

08 dez, 2019 - 19:22 • Joana Gonçalves

Joana Amaral Dias criticou a atuação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no caso do pai, que morreu a caminho do hospital.

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Joana Amaral Dias criticou, este sábado, nas redes sociais, a atuação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no caso do seu pai, que no início da semana morreu a caminho do hospital.

De acordo com a ex- bloquista, Carlos Amaral Dias sentiu-se mal por volta das 9h00 de terça-feira, 3 de dezembro. Apesar de a ambulância ter sido chamada nove minutos depois, o psicanalista de 73 anos só chegaria ao hospital depois das 11h00, já sem vida.

“Reparem que o trajecto da sua residência ao São José é bastante curto. O que aconteceu foi um cocktail fatal de acidentes, negligência e incompetência", escreveu numa publicação no Facebook.

"Houve uma ambulância que avariou, mas também se verificaram demoras e a chegada do carro do INEM só com um técnico e sem o equipamento de reanimação como a situação estritamente ditava. O resultado foi a morte. Pedimos autópsia e o INEM abriu um inquérito. Aguardamos os resultados", acrescentou.

A psicóloga aproveitou para deixar uma forte crítica à falta de investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e lamentou a falha do INEM.

“Vivemos num país que cortou no essencial, deixou a gordura e talhou o osso, deixando as populações vulneráveis, desprotegidas e entregues à sua sorte. Pode acontecer-te a ti”, escreveu.

“Verdade que o meu pai era um doente com diversas patologias graves cuja expectativa de vida era já limitada. Mas certamente merecia ter partido em paz e com outra tranquilidade, com a mão segura pelos que amava, com os olhos postos nos que tinha”, defendeu.

O psicanalista e professor Carlos Amaral Dias morreu na terça-feira, em Lisboa, vítima de doença, disse à agência Lusa Luís Marinho, docente e membro da comissão do Instituto Superior Miguel Torga.

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