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Movimento proTEJO critica a intenção do Governo de construir barragem no rio Ocreza

04 dez, 2019 - 11:00 • Beatriz Lopes , Joana Gonçalves

Porta-voz do movimento acredita que a decisão poderá resultar em "impactos ambientais negativos elevadíssimas, quando já existem barragens suficientes no rio Tejo”.

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O porta-voz do movimento proTEJO insiste numa revisão de uma Convenção de Albufeira e critica a intenção do Governo de construir novas barragens.

Em entrevista à Renascença, esta quarta-feira, Paulo Constantino disse ter “muitas reticências na construção de barragens, de açudes e de tudo aquilo que vem agravar a emissão de gases com efeito de estufa com impactos ambientais negativos elevadíssimas, quando já existem barragens suficientes no rio Tejo”.

No dia em que se reúnem as delegações de Portugal e de Espanha do grupo de acompanhamento da Convenção de Albufeira, Paulo Constantino reforça que o Governo não deve construir uma barragem no rio Ocreza.

Estas declarações surgem depois de o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, ter dado como “ultrapassada” a emergência no caudal do Tejo. Apesar de discordar da decisão, o porta-voz do proTEJO reconhece que já há diferenças no nível das águas.

“Já é visível. A barragem de Cevilho já está a uma quota quase normalizada e, portanto rapidamente poderão conseguir atingir o nível máximo a que costuma estar, nomeadamente a 95% da sua capacidade de armazenamento”, defendeu.

O movimento acredita que a solução para repôr o caudal do Tejo está do lado de Espanha, no entanto Paulo Constantino lembrou que o país vizinho também tem sido afetado pela seca.

“É óbvio que quando há seca, não há reservas de água, não há água para enviar. Espanha está limitada em Alcântara e para abastecer Cáceres não pode descer a baixo de uma certa quota. Portanto, aquilo que há a fazer é rever esse abastecimento de forma a que a tomada de água possa ser a uma quota inferior”, explicou.

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