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Diocese de Bragança-Miranda dedica ano Litúrgico-Pastoral à Eucaristia

30 nov, 2019 - 14:19 • Olímpia Mairos

A abertura no novo ano fica marcada pela chegada à diocese das irmãs Vitorianas e pelo convite de D. José Cordeiro a uma vivência renovada da Eucaristia.

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A diocese de Bragança-Miranda abre, este sábado, o ano litúrgico-pastoral. Na iniciativa, que decorre no Centro Cultural de Vila Flor, participam cerca de 400 pessoas, provenientes das 18 unidades pastorais dos quatro arciprestados da diocese.

Na carta pastoral dirigida à diocese, o bispo diocesano, D. José Cordeiro, apresenta a terceira e última etapa do projeto pastoral trienal da diocese, “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”, dedicada à Eucaristia, “dom da Caridade e mistério de vida eterna”.

No documento, o prelado faz uma verdadeira catequese sobre a Eucaristia e convida os fiéis a “fixar os olhos em Jesus Cristo, a verdadeira vida eterna”.

“Por isso, tão bem escreve Santo Agostinho no livro das Confissões: ´Então, como Vos hei de procurar, Senhor? Quando Vos procuro, meu Deus, busco a vida eterna. Procurar-Vos-ei, para que a minha alma viva. O meu corpo vive da minha alma e esta vive de Vós’”, explica.

O bispo transmontano aproveita também para anunciar o 52º Congresso Eucarístico Internacional em Budapeste, a realizar de 13 a 20 de setembro de 2020, que tem como tema “Todas as minhas fontes estão em Ti” (Sl 87,7). A Eucaristia, fonte da vida e da missão da Igreja”.

Citando a constituição Sacrosanctum Concilium, D. José diz aos cristãos que no documento emanado do Concílio Vaticano II, “a Eucaristia é apresentada como ‘fonte e vértice da vida da Igreja’ e evoca S. João XXIII, para comparar a Liturgia a uma fonte.

“A Liturgia é como que a fonte da aldeia, na qual todas as gerações vêm beber a água sempre viva e fresca. É também um ponto culminante, porque toda a atividade da Igreja tende para a comunhão de vida com Cristo, sendo na Liturgia que a Igreja manifesta e comunica aos fiéis a obra da Salvação, realizada por Cristo de uma vez para sempre”, realça o bispo de Bragança-Miranda.

Depois, o prelado, e em jeito de desafio aos fiéis, lembra que o Papa Francisco impele a Igreja para uma cultura eucarística, onde se evidenciem as atitudes da “comunhão, do serviço, da misericórdia”, “capaz de inspirar os homens e as mulheres de boa vontade nos âmbitos da caridade, da solidariedade, da paz, da família, do cuidado da criação’”.

D. José Cordeiro desenvolve ainda os temas: Eucaristia, dom da caridade e mistério de vida eterna; Eucaristia e Igreja, Sacramentos da Comunhão; O Pai-Nosso, oração para a eterna vida.

E já em tom de conclusão, para o novo ano litúrgico e pastoral, o bispo transmontano deixa um conjunto de propostas pastorais que ajudam a “celebrar bem, com arte e com alma, a Eucaristia”, dando especial ênfase a que a “Eucaristia dominical tenha o lugar central” na vida dos fiéis e das comunidades paroquiais das Unidades Pastorais.

Do conjunto de orientações destaca-se a “promoção e a participação das pessoas com deficiência na Igreja diocesana”; o “incrementar a regularidade e dignidade do levar a Comunhão aos doentes”; o “fortalecer a equipa litúrgica paroquial e da Unidade Pastoral”; o “promover o culto eucarístico e a oração pessoal diante do Santíssimo Sacramento”; e ainda o educar como “comportar-se na igreja”.

Falando da Eucaristia, D. José Cordeiro deixa ainda duas interpelações, para que esta se prolongue na vida e na adoração eucarística, com o culto eucarístico fora da Missa.

“Porque não promover em cada domingo a adoração eucarística comunitária nas nossas comunidades eclesiais? Porque não criar um lausperene eucarístico diocesano com todas as Paróquias e comunidades nas Unidades Pastorais?”, interpela.

Na sua Nota Pastoral, o bispo de Bragança-Miranda refere ainda que a Eucaristia “interpela diretamente os santuários, lugares já por si chamados a oferecer abundantemente aos fiéis os meios da salvação”, sendo a celebração eucarística “o suporte da múltipla ação dos santuários (catequese, culto, caridade e cultura)”.

“Da celebração à adoração e à caridade gratuita na vida é o percurso da nossa fé”, conclui D. José Cordeiro.

Irmãs Vitorianas chegam à diocese para servir os mais pobres

A Diocese de Bragança-Miranda acolhe, a partir deste sábado, uma comunidade das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias (Irmãs Vitorianas), que será constituída por três religiosas.

A nova comunidade vai ficar no Santuário do Imaculado Coração de Maria dos Cerejais, na Unidade Pastoral Bartolomeu dos Mártires, e as irmãs vão “estar ao serviço dos mais pobres, particularmente as crianças, os doentes e os idosos, anunciando os valores evangélicos através da educação, da pastoral e do serviço missionário”, explica a diocese.

Em Portugal, as Irmãs Vitorianas encontram-se nas dioceses de Angra, Aveiro, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria-Fátima e Portalegre-Castelo Branco e chegam agora a Bragança-Miranda.

A Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias foi fundada a 15 de Janeiro de 1884, no Funchal, Madeira, por Mary Jane Wilson, Irmã Maria de S. Francisco, para “tornar presente no mundo os valores do Reino de Deus e colaborar na missão salvadora de Cristo, através do ensino, enfermagem, cuidado às crianças e aos idosos, promoção humana, catequese, pastoral a jovens e adultos”.

Atualmente, a congregação está presente em vários países: Itália, Alemanha, Inglaterra, Moçambique, África do Sul, Tanzânia, Angola, República Democrática do Congo, Brasil, Índia, Filipinas e Timor.
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