30 nov, 2019 - 13:59
Domingos Piedade, o "Senhor Fórmula 1", morreu neste sábado, aos 75 anos. Antigo manager, diretor desportivo e comentador, trabalhou com marcas de topo e pilotos de renome daquela modalidade.
Acabou por sucumbir ao cancro do pulmão contra o qual lutava há dois anos. A notícia é avançada no Facebook pelo amigo e jornalista João Carlos Costa.
Domingos Piedade estudou na Alemanha e falava várias línguas, pelo que foi com facilidade que se integrou no ambiente multinacional da Fórmula 1. Entrou neste mundo através da AMG – hoje marca da Mercedes, mas à época uma empresa independente que Domingos Piedade tinha entre os seus clientes pilotos que pretendiam melhorar as capacidades dos carros com que competiam.
Orientou as carreiras de Emerson Fittipaldi e Michele Alboreto, tornou-se amigo pessoal de Nelson Piquet, Ayrton Senna (de quem foi amigo próximo) e de Michael Schumacher (dizia-se, aliás, que era o português que melhor conheceu o piloto alemão).
Domingos Piedade acompanhou ainda, de perto, a compra da AMG pela Mercedes, tendo ficado ao serviço desta empresa durante algum tempo, assumindo a vice-presidência da empresa na Alemanha.
Voltou a Portugal anos mais tarde, depois do casamento com Ana Paula Reis, um dos rostos da RTP na altura.
Por cá, manteve-se ligado ao comentário da Fórmula 1 e do desporto automóvel e foi convidado para presidente do Autódromo do Estoril durante o Governo liderado por Durão Barroso. Durante anos foi, igualmente, colaborador da Renascença no programa "Especial de Corrida".
Devido à doença que o assolava, estava afastado da vida pública há uns anos.