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VISTO DE FORA

Ursula pega nas rédeas da UE

29 nov, 2019 - 13:11 • Pedro Caeiro e Anabela Góis

Na edição de hoje analisamos a aprovação pelo Parlamento Europeu do colégio da nova Comissão Europeia de Ursula Von der Leyen. Espaço ainda para falar do relatório das drogas na União Europeia ou do alerta de Bruxelas para os brinquedos tóxicos que estão à venda na Europa.

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A Comissão de Ursula Von der Leyen entra em funções no próximo dia 1. O novo executivo comunitário foi aprovado esta semana pelos eurodeputados com 461 votos a favor, 157 contra e 89 abstenções. Uma maioria, ainda assim, acima do esperado. Os dois correspondentes em Portugal analisam os objectivos da nova presidente da Comissão, nomeadamente a prioridade dada ao combate às alterações climáticas.

Do ponto de vista meramente político, “a Comissão está dividida, mas o discurso foi interessante e acho que pode ser uma boa aposta para os próximos anos”, afirma Begoña Iñiguez. Já Olivier Bonamici recorda que, “pela primeira vez, nem o principal partido da Direita, nem o da Esquerda têm uma maioria, porquanto vai ter de ser uma Presidente de grande consenso e vai precisar de ter sorte”.

Quanto ao principal tema escolhido, o das alterações climáticas, ambos os correspondentes concordam que “ambiente, imigrantes e digital são temas muito importantes” nos próximos anos, que para a Europa, quer para o Mundo.

Logo no início da semana, António Costa jantou com Ursula van der Leyen. Assumiu que pretende manter com a nova presidente a relação que tinha com Jean Claude Juncker que agora cessa funções, não esquecendo que o Governo português tem defendido a aproximação das posições do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia no que se refere às contribuições nacionais para o Orçamento da Europa. António Costa estará a tentar conseguir uma posição de mediador? Olivier acha que “quer o Governo PSD, que o PS, tiveram uma grande aproximação a Bruxelas, porque ambos acabam por se encaixar na social-democracia”. Já na opinião da correspondente espanhola, os portugueses têm um grande sentido de diplomacia e isso tem facilitado as relações com Bruxelas nos últimos anos.

Esta semana foi divulgado o mais recente relatório do Observatório Europeu da Droga e da Europol, que mostra que os Europeus gastam anualmente 30 mil milhões de euros em droga. A mais consumida é a canábis, mas o consumo de heroína está a aumentar e é a que provoca mais mortes. Nesta altura, a Europa já é o principal mercado da droga a nível mundial e ultrapassou o americano. Tendo em conta a cada vez maior sofisticação dos meios, sem a colaboração internacional dos vários países e meios de segurança, esta será sempre uma guerra perdida. No entanto, as apreensões de droga na Europa estão a aumentar. Só em Portugal as apreensões de cocaína triplicaram em 3 anos. É sinal de que essa cooperação está a resultar. Olivier Bonamici diz que “estamos a ver um excelente exemplo de um trabalho eficaz de cooperação europeia”.

Falamos ainda da esperança média de vida em Portugal aumentou praticamente cinco anos entre 2000 e 2017. Está agora nos 81,6 anos, acima da média europeia. Mas Espanha e França estão ainda melhor colocados neste ranking: Espanha é mesmo o país da União Europeia onde em média se vive mais tempo: 83,4 anos. França aparece em 3º lugar, com uma esperança média de vida de 82,7 anos.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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