Viajar de avião é algo que pode acontecer-nos, mais cedo ou mais tarde. A menos que seja daquele tipo de pessoa que prefere perder aquela viagem com que sempre sonhou, porque tem medo de entrar num avião. Só que ir de férias para um sítio paradisíaco que fica a muitas horas de voo não é obrigatório. O problema é quando tem de se viajar em trabalho.
Tal como todos os nossos medos e receios, que têm muito de irracional, a aerofobia também é algo que não se explica, mesmo que os números ajudem a contrariar esse sentimento.
De acordo com a Aviation Safety Network (ASN), uma organização holandesa que faz monitorização de acidentes aéreos desde 1996, o ano passado (2018) foi o terceiro mais seguro da história da aviação mundial.
Um acidente fatal por cada dois milhões e meio de voos. No final do ano passado, morreram 556 pessoas em 15 acidentes aéreos.
Apesar destes dados, milhões de pessoas em todo o mundo sofrem horrores de cada vez que precisam de entrar no avião.
Dados do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos sugerem que a hipótese de uma pessoa morrer num acidente de carro é de uma para 112. No caso dos aviões, as hipóteses caem drasticamente de uma para 8.357.
Conhece os seus direitos?
Conclusão, viajar de avião é seguro mas está sujeito a atrasos e cancelamentos. Ah, e também está sujeito à perda da bagagem, o que pode ser uma grande chatice. Mas quando isso acontece, o consumidor tem direitos só que a maioria não os conhece.
A AirHelp, que é uma organização especializada em direitos dos passageiros indica que, 83% - ou seja, em cinco cidadãos da União Europeia, há quatro que não sabem o que fazer para pedir uma compensação por cancelamento ou atraso de voos.
E 33%, ou seja - um em cada três - nunca requereram uma indemnização, apesar de considerarem que até tinham direito. O que não deixa de ser algo irónico.
Por exemplo, nos Estados Unidos, onde a legislação é menos favorável aos passageiros, as pessoas estão mais informadas e são mais reativas quando se sentem prejudicadas pelas companhias aéreas. Pelo menos, é o que responde um em cada três consumidores inquiridos.
Na União Europeia, onde os direitos dos passageiros estão mais bem protegidos, as pessoas não se sentem tão bem informadas.
Em cinco pessoas, apenas uma diz conhecer os seus direitos na altura de reclamar com as companhias aéreas.