28 nov, 2019
Tal como o River Plate já se imaginava campeão sul-americano quando, no sábado passado, o jogo com o Flamengo chegava ao minuto 89, tivemos ontem a segunda edição deste “fenómeno” na Alemanha, quando o Benfica, exatamente à mesma hora, já se considerava instalado nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões Europeus.
Só que, faltavam ainda nove minutos para poder cantar vitória sobre a equipa do Leipzig e a equipa benfiquista já dava mostras de, como diz o povo, “não aguentar com uma gata pelo rabo”. E aí, a força dos panzers gritou mais alto, acabando por silenciar a plateia encarnada, em pequeno número, mas vibrante até quase ao fim.
No entanto, não foi apenas por este jogo e por este resultado que o Benfica não conseguiu recuperar o prestígio que já teve na Liga dos Campeões Europeus. Os quatro jogos anteriormente disputados haviam rendido o escasso pecúlio de três pontos, resultantes de uma vitória épica sobre os franceses do Lyon, em circunstâncias ridículas que ainda hoje se recordam, mas vencer o jogo de ontem permitiria ver por mais quinze dias uma luz ao fundo do túnel, luz que agora se apagou, definitivamente, por este ano.
E veremos na jornada final se vai ser possível, pelo menos, aceder à Liga Europa, o que, neste momento nem sequer está definitivamente garantido.
Na ressaca de uma noite que foi certamente mal dormida, aponta-se o dedo a Bruno Lage, e ao laboratório de experiências que nesta temporada decidiu instalar no campo encarnado, com resultados que deixaram bem à vista quão inoportuna foi essa ousadia do técnico.
Ontem, com os melhores em campo, ficou confirmada a asserção segundo a qual, não se inventando, há maiores possibilidades de construir vitórias e chegar ao sucesso.
Claro que o treinador do Benfica não alinha por esta ideia. Mas, em boa verdade, Bruno Lage vai ter de a adotar no futuro se quiser percorrer caminhos diferentes.