Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Relatório

Portugueses vivem mais tempo do que a média na União Europeia

28 nov, 2019 - 12:47 • Lusa

AVC e doenças cardíacas são as principais causas de morte entre os portugueses, seguidas de pneumonia e cancro. A alimentação é o principal fator de risco.

A+ / A-

Portugal tem uma esperança média de vida de 81,6 anos – acima da média da União Europeia (80,9), apontam dados divulgados esta quinta-feira em Bruxelas. A disparidade entre homens e mulheres em Portugal é de 6,2 anos, também acima da média europeia (5,2).

De acordo com o relatório de 2019 sobre a "Situação da Saúde na UE, "a esperança de vida em Portugal aumentou substancialmente na última década", nomeadamente com a redução da taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares.

Apesar disso, os acidentes vasculares cerebrais (AVC) e a doença cardíaca isquémica mantêm-se como as principais causas de morte em Portugal, seguindo-se a pneumonia, o cancro do pulmão e o cancro colorretal.

O relatório indica ainda que os alimentos surgem em primeiro lugar em Portugal no que toca aos fatores de risco a que é atribuído um terço das mortes, 14%, ainda assim menos do que o total da UE (18%).

Seguem-se o tabagismo (com 12%, contra 17% na UE), o consumo de álcool (11%, contra 6% na UE) e o pouco exercício físico (3%, em linha com a média europeia).

600 mil sem médico de família

No que respeita ao acesso à saúde, o relatório conclui que Portugal "tem um bom sistema de cuidados primários, capaz de manter os doentes fora dos hospitais quando isso se justifica", enquadrado num Serviço Nacional de Saúde (SNS) universal.

O número de médicos de família tem aumentado desde 2016, mas "no início de 2019" havia ainda cerca de 600 mil utentes do SNS sem médico de família – o que representa 5,8% do total da população.

O número de médicos e enfermeiros em Portugal tem aumentado de forma constante desde 2000, com cinco médicos habilitados por cada 1.000 habitantes em 2017, acima da média de 3,6 da UE. O número, contudo, inclui "todos os médicos habilitados, mesmo aqueles que já não exercem a profissão".

O pessoal de enfermagem (6,7 por cada 1.000) está abaixo da média da UE (8,4), não obstante os números terem aumentado na última década.

O número de camas de hospital por mil habitantes é de 3,4 por mil habitantes, inferior ao da média da UE (5,1 por mil).

Em 2017, o país gastava 2.029 euros 'per capita' em cuidados de saúde (ajustados em função das diferenças no poder de compra), estando 30% abaixo da média da UE (2.884 euros).

Segundo o perfil de Portugal, apenas metade da população considera ser saudável, em contraste com a maioria da UE, onde dois terços dos adultos avaliam positivamente o seu estado de saúde.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • ze
    28 nov, 2019 aldeia 13:39
    Os portugueses vivem mais tempo porque têm uma bela vida!......ganham mais,trabalham menos,vão de férias para paraisos várias vezes ao ano,têm boas casa,com ar condicionado,piscina,jardim garagem etc,possuem bons carros topo de gama,tipo BMW,Mercedes,Porsches etc...etc,enfim vivem bem sem preocupações,Ha e têm contas chorudas em paraísos fiscais.

Destaques V+