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Presidenciais na Guiné-Bissau. CPLP diz que processo foi "tranquilo, pacífico e ordeiro"

24 nov, 2019 - 21:14 • Lusa com Redação

O Governo português, através de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, já saudou "o povo guineense pela forma pacífica e ordeira como decorreram as eleições presidenciais".

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O chefe da missão de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) às eleições presidenciais na Guiné-Bissau, Oldemiro Balói, considera que o processo de votação foi "tranquilo, pacífico e ordeiro", salvo "raríssimas exceções".

Em declarações à agência Lusa e à RTP, pouco antes do encerramento das urnas, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique disse que "as urnas abriram a horas, o processo esteve muito bem organizado

De acordo com Oldemiro Balói, a missão da CPLP não tem conhecimento de "quaisquer atos de violência por parte dos eleitores" nem de "nenhum ato de repressão por parte das autoridades policiais", que se "mantiveram quietas nos seus postos, garantindo a tranquilidade necessária".

Questionado sobre que tipo de irregularidades foi detetada, Balói referiu a contestação sobre a posição das cabines de votação com as pessoas a reclamarem "mais privacidade", porque isso "podia dar azo a que as pessoas pudessem fotografar os votos para fins inconfessáveis".

No entanto, estes "foram casos pontualíssimos" que "não caracterizam a votação" e "nada que possa manchar o processo".

Oldemiro Balói saudou ainda a "atitude correta dos eleitores, dos candidatos de um modo geral e a festa" que acabou por ser o processo de votação.

O relatório final da missão de observadores da CPLP será divulgado na terça-feira.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Além da missão da CPLP, composta por 23 elementos, estão na Guiné-Bissau 54 observadores da União Africana, 60 da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e 47 dos Estados Unidos da América.

Várias organizações da sociedade civil guineense lançaram também uma plataforma para monitorizar o escrutínio.

Mais de 760 mil eleitores podiam votar nas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, para escolher entre 12 candidatos quem irá suceder a José Mário Vaz, sendo que o Presidente se recandidata ao cargo.

Comunicado do MNE saúda guineenses

O Governo português já saudou "o povo guineense pela forma pacífica e ordeira como decorreram as eleições presidenciais".

Em comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, lê-se que "as primeiras indicações apontam para uma significativa participação dos eleitores", tendo os guineenses expressado "livremente as suas preferências".

"Portugal aguarda o apuramento dos resultados e apela a todos os intervenientes para que seja garantido o respeito integral pela vontade popular, no quadro da Constituição e das leis. Portugal reitera o seu forte compromisso com este novo ciclo de esperança na vida do país irmão Guiné Bissau", remata o texto.

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