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Taça Libertadores

Jesus teve "gols" de Gabigol e ganhou um lugar na história

23 nov, 2019 - 22:05 • Redação

O Flamengo conquistou a Taça Libertadores, com uma reviravolta ao cair do pano, obra de Gabriel Barbosa. Jorge Jesus é o primeiro treinador português a vencer a prova.

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Jorge Jesus alcançou a glória. O Flamengo derrotou o River Plate, por 2-1, e conquistou a Taça Libertadores, 38 anos depois. Quem tem "gol" de Gabigol sujeita-se a estas coisas.

O Flamengo entrou bem, contudo, o River rapidamente tomou as rédeas do jogo e foi com alguma naturalidade que, aos 14 minutos, chegou ao golo. Nacho Fernández apareceu na direita e cruzou atrasado, rasteiro, para Rafael Santos Borré, que aproveitou a desconcentração da defesa do Flamengo para abrir o marcador.

Aos 21 minutos, De la Cruz ganhou a frente a Caio, na sequência de um contra-ataque, e rematou ao lado. Ao minuto 37, Palacios captou um rechace no meio da rua e deu uma forte chapada na bola, que saiu a rasar o poste da baliza de Diego Alves.

De facto, a primeira parte foi pintada a vermelho e branco, com o River a impôr-se, por meio de uma pressão muito intensa e grande agressividade que deixava o Flamengo muito nervoso e sem saber como levar a bola à área oposta. Os argentinos foram para o intervalo a vencer com justiça.

Jesus mexe na equipa, mas o Mengão desperdiça

Na segunda parte, a partida parecia destinada a continuar na mesma toada. Contudo, na meia hora final, o Flamengo ganhou nova força, potenciado pelas mexidas de Jorge Jesus, desde o banco.

Aos 57 minutos, Bruno Henrique serviu De Arrascaeta, que "espirrou" o taco, e a bola sobrou para Gabigol, que atirou contra um adversário. O ressalto foi ter com Éverton Ribeiro, mas Armani negou o empate.

Ao minuto 77, Bruno Henrique voltou a semear o pânico e serviu Gabigol. Este lançou o recém-entrado Diego na direita e o criativo cruzou para De Arrascaeta, que, de bicicleta, falhou o alvo. Porém, aos 81 minutos, o River podia ter "matado" o jogo, com um remate de Palacios que passou a rasar o poste.

Tem "gol" - ou melhor, "gols" - de Gabigol

Quando o resultado parecia feito, aos 89 minutos, Bruno Henrique desenhou uma jogada de génio. Fletiu da esquerda para o meio, deixando meia equipa do River para trás, e filtrou um passe na profundidade para De Arrascaeta. O uruguaio esticou-se todo para cruzar para Gabigol que, sem oposição, empurrou a bola para o fundo da baliza.

Três minutos depois, quando muitos ainda estavam a sentar-se nas cadeiras, depois de celebrarem o empate, Gabriel Barbosa voltou a fazer das suas. O avançado do Flamengo pressionou os centrais do River e teve prémio: forçou-os a errar e, já na área, rematou o ressalto, à meia-volta, para o fundo das redes, consumando a cambalhota no marcador.

Gabigol tirou a camisola e expô-la, para toda a gente ver: é o "9", o homem-golo do Flamengo, o homem que decide finais.

No final, ainda houve tempo para uma agressão de Palacios a Bruno Henrique, com vermelho direto a condizer, e para o segundo amarelo a Gabigol, na sequência do incidente. Não obstante, já nada importava: resolvido o desaguisado, o árbitro fez soar o apito final e a metade brasileira do estádio irrompeu de alegria.

O Flamengo vence a Taça Libertadores, 38 anos depois. O grande obreiro do feito é Jorge Jesus, o primeiro treinador português a conquistar o troféu.

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