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Cabify deixa de operar em Portugal no fim de novembro

22 nov, 2019 - 14:44 • João Pedro Barros

Empresa tecnológica espanhola assume que não está a conseguir "rentabilidade económica" e por isso retira-se do mercado nacional. Há cerca de 10.000 motoristas inscritos na plataforma em Portugal.

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A Cabify vai deixar de funcionar em Portugal a 30 de novembro, após cerca de três anos e meio de operação no Porto e em Lisboa. A informação foi confirmada à Renascença em comunicado.

"Assumimos, desde sempre, um firme compromisso em criar um forte impacto positivo nas cidades onde estamos presentes, tendo em vista um modelo de negócio com rentabilidade económica. Neste caso, como resultado de um constante processo de análise das cidades em que operamos, tomámos a decisão estratégica de deixar de ter o nosso serviço operativo em Lisboa e Porto", justifica a empresa.

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A plataforma ressalva ainda que, nos próximos oito dias, “todos os motoristas poderão continuar a realizar viagens e a obter rendimentos”. De acordo com informação prestada à Renascença por fonte da Cabify, há "cerca de 10 mil motoristas" inscritos, que "têm a liberdade de prestar os seus serviços" a empresas concorrentes, desde 2018.

"Naturalmente, todos os nossos clientes, privados ou corporativos, e motoristas inscritos na plataforma da Cabify em Lisboa e Porto foram devidamente informados da nossa decisão, bem como as razões que a motivaram", acrescenta a empresa espanhola.

A chamada “lei Uber”, que regula a atividade de transporte em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica (TVDE) começou a vigorar a 1 de novembro de 2018, regendo a atividade de empresas como, para além dos nomes já referidos, a Bolt ou a Kapten.

Apesar desta saída do mercado português, a Cabify garante que "não deixará de estar atenta às necessidades futuras destes mercados no que concerne à multimodalidade dos transportes urbanos".

Questionada sobre uma possível retirada de outros mercados - para além de Espanha, está presente em vários países da América do Sul e Central -, fonte da empresa apenas respondeu que a operação termina "em Lisboa e Porto".

[Notícia atualizada às 16h45]

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