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Jorge Jesus. A jornada começou há 30 anos no Amora, mas será em Lima que pode atingir o clímax

21 nov, 2019 - 10:23 • Lusa

O Flamengo defronta o River Plate, no sábado, no Peru, na final da Taça dos Libertadores.

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Jorge Jesus pode conquistar no sábado, aos 65 anos, pelo Flamengo, o mais importante troféu da carreira, uma Taça Libertadores que não consta do palmarés de qualquer treinador português de futebol.

A cumprir a 31.ª época da sua carreira de técnico, iniciada há 30 anos, na temporada 1989/90, ao serviço do Amora, Jesus precisa de bater os argentinos do River Plate, os detentores do título, para fazer história no gigante brasileiro.

Em pouco mais de quatro meses, Jesus já conquistou o coração dos adeptos do Fla, mais do que pelos triunfos, pela forma como a equipa os consegue, pelo atraente futebol que pratica e tem sido traduzido em resultados.

O treinador português pode dar ao Flamengo a Liga dos Campeões da América do Sul, que seria apenas a segunda do clube, depois do sucesso de 1981, num conjunto comandado em campo pela categoria de Zico e que tinha o ex-benfiquista Mozer como central.

Fim de semana de sonho

O fim de semana pode, aliás, trazer dois títulos para o palmarés do clube, que se sagrará campeão brasileiro pela sétima vez, e primeira desde 2009, caso o Palmeiras não vença no domingo na receção ao Grêmio. Sê-lo ia com quatro jornadas por disputar.

O Brasileirão é uma questão de tempo, enquanto a Libertadores decide-se no sábado, num só jogo, em Lima, e será o grande título de Jesus, que esteve em duas finais da Liga Europa, mas não conseguir ganhar nenhuma, pelo Benfica.

No seu currículo internacional, consta uma Taça Intertoto, pelo Sporting de Braga, num ano em que os minhotos foram, entre as 11 equipas vencedoras da terceira ronda da prova, a que chegou mais longe (oitavos de final) na Taça UEFA.

Títulos no Benfica

Em relação ao panorama nacional, Jorge Jesus, que cumpriu em solo luso as primeiras 29 temporadas da carreira, encheu o saco de troféus com a sua passagem pelo Benfica, que representou de 2009/10 a 2014/15. Conquistou dez títulos, mais do que qualquer outro técnico na história do clube da Luz.

Depois de passagens pelo Amora, que subiu à Liga de Honra (atual II Liga) em 1991/92, Felgueiras, com promoção ao primeiro escalão em 1994/95, União da Madeira, Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães, Moreirense, União de Leiria, Belenenses e Sporting de Braga, Jesus aterrou na Luz com 55 anos e prometeu de imediato colocar a equipa jogar o dobro.

O Benfica foi logo campeão em 2009/10 e, após seis anos, o saldo foi de dez títulos: três campeonatos, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e cinco edições da Taça da Liga, faltando-lhe a consagração europeia.

A mudança para Alvalade

Com enorme polémica, mudou-se então para para o Sporting, que esteve muito perto de levar ao título em 2015/16, ao somar 86 pontos, insuficientes, porém, face aos 88 do Benfica, do seu sucessor Rui Vitória.

Jorge Jesus falhou nessa época e, nas duas seguintes, não esteve sequer perto de repetir a façanha, mas, nos três anos, recheou o palmarés com dois títulos, a Supertaça (2016), logo na estreia, face ao Benfica, e mais uma Taça da Liga (2017/18).

Depois do ‘ciclone’ que significou a invasão da Academia do Sporting, partiu, contrariado, mesmo com muitos euros envolvidos, para a Arábia Saudita, onde orientou o Al Hilal.

A experiência foi curta e a pausa na carreira também, porque rapidamente apareceu o Flamengo, ao serviço do qual está muito perto de conquistar dois títulos, depois de 23 vitórias, oito empates e apenas duas derrotas, em 33 jogos (71-27 em golos).

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  • Petervlg
    22 nov, 2019 Trofa 09:02
    Espero que tenha o fim de semana de sonho, pois no Benfica era a semana de sonho e perdeu tudo, o que deveria ganhar.

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