21 nov, 2019 - 13:47 • Redação
José Mourinho foi apresentado, esta quinta-feira, como treinador do Tottenham. O treinador português vai representar o terceiro clube inglês da sua carreira, depois de passar pelo Chelsea e Manchester United, mais recentemente. Mourinho pede para que os adeptos dos "Spurs" não o vejam como o "senhor Chelsea".
"Podem ver-me também como o senhor Inter, senhor Real Madrid e senhor FC Porto. Sou um homem de vários clubes. Sempre disse que a Premier League é o meu habitat natural, é onde mais gosto de estar, é o local onde mais gosto e onde sou feliz. Dei tudo pelos clubes onde passei e é o que vou fazer aqui", disse, em conferência de imprensa.
Sete épocas no Chelsea, em duas passagens diferentes, e mais dois anos e meio no Manchester United. O currículo nos rivais do Tottenham não preocupa Mourinho, sinal do futebol moderno.
"Acho que o Wenger foi o último dessa geração que fica muitos anos num clube. Ele e o Sir Alex Ferguson. O Mauricio Pochettino esteve cinco anos e meio aqui e foi incrível, mas é normal que se troque de clubes. Não me surpreenderia se o visse amanhã noutro clube inglês, é assim o futebol moderno. Ganhei a Liga dos Campeões com o FC Porto e três meses depois joguei contra eles", explica.
Potencial do clube
Mourinho voltou a reforçar a qualidade do plantel e a ambição da direção dos "spurs". Ainda assim, o técnico reconhece que a posição na tabela (14º) não é ideal.
"Não poderia estar mais feliz. Sempre que um clube troca de treinador a meio da época é porque a situação não é boa, isto é óbvio, mas o potencial do clube é enorme. Os jogadores foram uma das razões que me trouxe aqui, e pela visão do presidente Levy", explica.
A estreia acontece já no sábado, num dérbi frente ao West Ham, um jogo em que Mourinho não espera ver grandes alterações. "Não posso pensar que vou mudar muitas coisas em dois ou quatro dias. Preciso de confiar na base que já foi feita. Eles estiveram nas mãos de uma boa equipa técnica".
Treinador sublinha que o clube tem as melhores con(...)
Longa paragem não foi em vão
Depois do despedimento do Manchester United, em dezembro de 2018, Mourinho ficou parado pelo maior período desde o início da carreira. O experiente treinador português diz que a paragem não foi um desperdício e diz estar mais forte e preparado para o desafio.
"Estes 11 meses não foram uma perda de tempo. Foi tempo de analisar e preparar. Nunca se perde a identidade, o DNA, mas percebi erros que fiz na carreira e que não volto a cometer. Estou mais forte do ponto de vista emocional, mais relaxado, motivado e preparado", remata.
O antigo jogador, treinado por Mourinho no Porto e(...)