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Mais de 100 mortos em protestos no Irão, denuncia Amnistia

20 nov, 2019 - 01:42 • Ricardo Vieira, com Reuters

Manifestações contra o aumento dos preços dos combustíveis em 21 cidades. Amnistia Internacional deteta "padrão angustiante de mortes ilegais pelas forças de segurança iranianas, que usaram força excessiva e letal para esmagar protestos maioritariamente pacíficos”.

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Mais de 100 manifestantes foram mortos durante os protestos dos últimos dias no Irão. A denúncia foi feita esta terça-feira pela Amnistia Internacional (AI).

A organização de defesa dos direitos humanos avança que, pelo menos, 106 pessoas foram mortas em confrontos com as forças de segurança, em 21 cidades da República Islâmica.

A Amnistia Internacional chegou a estes dados através de relatos de testemunhas credíveis no terreno, vídeos autenticados e informações de ativistas.

“A organização acredita que o número real de vítimas mortais pode ser muito mais elevado, com alguns relatos a sugerirem que mais de 200 pessoas foram mortas”, refere a AI, em comunicado.

“Os acontecimentos dos últimos dias demonstram um padrão angustiante de mortes ilegais pelas forças de segurança iranianas, que usaram força excessiva e letal para esmagar protestos maioritariamente pacíficos”, acusa a Amnistia.

Há relatos de atiradores que dispararam sobre manifestantes a partir de telhados de edifícios e, num dos casos, desde um helicóptero.

Os protestos contra o aumento de 50% do preço dos combustíveis começaram na sexta-feira passada e alastraram-se a várias cidades do Irão.

O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, afirmou esta terça-feira, numa mensagem no site oficial, que a onda de manifestações foi uma questão de segurança e não foi levada a cabo pelo povo.

Um porta-voz judicial, Gholamhossein Esmaili, disse em conferência de imprensa que a calma já foi restaurada no país.

Cerca de mil manifestantes foram detidos, de acordo com os dados das autoridades iranianas.

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