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Novos muros na Alemanha - jornalista Guilherme Correia da Silva

Muro de Berlim

Novos muros na Alemanha

15 nov, 2019 • Guilherme Correia da Silva, correspondente na Alemanha


Com a queda do "mauer", em novembro de 1989, caiu a "cortina de ferro" que separava dois grandes blocos: o ocidental (capitalista) e o de leste (comunista). Hoje, erguem-se novos muros na Alemanha, agora entre classes e entre cidades e zonas rurais. E os populistas da extrema-direita estão a aproveitar-se disso.

Passados 30 anos da queda do Muro de Berlim, afiguram-se novos muros políticos e ideológicos na Alemanha.

"Sim, parece haver uma espécie de um muro", confirma Peter Keup, um alemão nascido e criado na antiga Alemanha de Leste – a RDA, perto da cidade de Dresden.

Desde cedo lhe ensinaram que a "barreira" era uma forma de defender os cidadãos do país "da classe inimiga e do capitalismo, do imperialismo e dos promotores da guerra". Aliás, "não havia nazis" no Leste. A seguir à II Guerra Mundial, "estavam todos no Ocidente".

"Há um 'Leste' e um 'Oeste'. Há 30 anos, com a reunificação da Alemanha, dizia-se que, numa ou duas gerações, o país seria um só. Acho que estávamos a caminho disso, mas há um retrocesso."

Quem olha para o mapa político da Alemanha vê um país dividido. Nos estados da antiga Alemanha de Leste, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha, a AfD, cresce cada vez mais – a um ritmo mais acelerado do que no lado ocidental.

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