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Frederico Varandas. “Sporting está muito melhor"

08 nov, 2019 - 23:52

Líder leonino reconhece que esperava transferir Bruno Fernandes.

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O presidente do Sporting, na 39.ª edição dos Rugidos do Leão, lembra que tem “uma única missão: deixar o Sporting Clube de Portugal melhor do que em setembro de 2018”.

Frederico Varandas deixa a questão: “Hoje o Sporting está melhor do que em setembro de 2018? Está. Está muito melhor. E está muito melhor porque ao contrário do que muitos agoiravam o Sporting não faliu. Está melhor porque conseguimos resolver problemas graves de tesouraria”.

O líder leonino lembra que a sua direção já pagou “mais de 40 milhões de euros de dívidas a clubes e a jogadores a quatro dias de haver incumprimento das regras do fair-play financeiro, o que significava ser excluído das competições europeias”.

Varandas elenca uma série de medidas tomadas desde que chegou a Alvalade: “Conseguimos remodelar dois campos relvados, um campo sintético e toda a área profissional da Academia e está em curso a remodelação da zona da formação, num investimento até ao momento de cerca de dois milhões de euros”.

No discurso, perante sócios e adeptos, Frederico Varandas lembra recordes de receitas em várias áreas e num “projeto de transformação digital do clube que nas próximas semanas será conhecido”.

“Está melhor porque está em curso uma revisão dos estatutos para permitir a implementação do sistema de voto eletrónico remoto. O “i-voting” é já utilizado nos países mais desenvolvidos e possibilitará que qualquer sócio possa votar sem qualquer constrangimento geográfico e em condições de segurança e confidencialidade, garantido assim a todos os sócios o poder de decidir. O Sporting passará realmente a ser de Portugal e não de uma minoria de Lisboa”.

O presidente do Sporting recorda que a equipa B vai voltar e que isso é “uma etapa fundamental para o processo da formação”.

Num discurso a puxar pelos galões, Varandas lembra ainda que “desde setembro de 2018 já temos mais sete títulos europeus das modalidades no museu do Sporting” e “mais dois títulos de futebol no museu do Sporting”.

Apesar disto, o líder leonino reconhece que também houve erros na sua gestão.

“O Sporting, para estar bem, tem de ser financeiramente estável e ser um crónico candidato a vencer todos os títulos nacionais, seja no futebol ou nas restantes modalidades. Errámos? Claro que sim. Não só no futebol como também em outras áreas”.

“Não temos dúvidas que continuando a fazer estas reformas estruturais, estas medidas de fundo, no final deste mandato conseguiremos sanar definitivamente a situação financeira do clube e teremos as ferramentas para sermos um crónico candidato a ser campeão”, referiu.

Varandas continua: “Gostaríamos de vos dizer que era possível fazer num ano aquilo que ninguém conseguiu fazer em trinta e cinco anos? Sim. gostaríamos. mas apesar de ser um homem de fé, há milagres em que não acredito. E não contem comigo para vos dizer coisas em que não acredito.”

A não venda de Bruno Fernandes

No discurso, na Batalha, o presidente do Sporting admitiu que não terem vendido Bruno Fernandes teve impacto no planeamento do plantel.

“É preciso dizer a verdade. o Sporting é um clube que sempre precisou de vender. Tudo indicaria que iríamos fazer uma venda histórica que nos permitiria reequilibrar financeiramente as contas e ainda reinvestir um pouco na equipa de futebol. Isso não aconteceu. o mercado não funcionou como esperávamos. Assim, tivemos que nos adaptar. tivemos de fazer outras vendas no valor necessário para cumprir as nossas obrigações financeiras, mas não conseguimos dispor dos recursos suficientes para reforçarmos o plantel como tínhamos inicialmente planeado”.

Contestação

O dirigente máximo da equipa de Alvalade não esqueceu a contestação de que tem sido alvo.

“Existe uma minoria ruidosa que não aceita viver com as regras da democracia e que desrespeita a legitimidade da vontade da maioria dos sócios do Sporting. Depois existe outra minoria ruidosa que perdeu muitas regalias. sei que estamos a mexer com interesses instalados de muita gente. Fomos os primeiros em muitos anos a ter a coragem de acabar com um negócio que nada tem a ver com apoio genuíno como era no passado. fomos os primeiros a acabar com o conceito de uma guarda pretoriana da direção, guarda pretoriana paga muitas vezes para fazer o trabalho sujo de uma direção”, referiu.

Isto interessa a quem, questiona Varandas. “Interessa aos nossos rivais que se riem dos patetas e dos idiotas úteis que fazem o trabalho sujo que eles nem precisam de fazer. infelizmente estas minorias têm muito medo que esta direção tenha sucesso e preferem até que Sporting perca, pois não conseguem pôr interesses do Sporting acima dos seus.”

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