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​Vocações. É mais difícil escutar o chamamento de Jesus porque os jovens são “bombardeados” por muitos estímulos

09 nov, 2019 - 09:00 • Ana Lisboa

É esta a convicção de D. António Augusto Azevedo na sua mensagem para a Semana dos Seminários, que decorre entre este domingo e 17 de novembro.

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A Semana dos Seminários de 2019 decorre sob o lema “Cristo não pensa apenas naquilo que tu és, mas naquilo que poderás chegar a ser”, inspirado na Exortação Apostólica Pós-Sinodal ‘Christus Vivit’ do Papa Francisco.

Nesse documento, o Santo Padre “propõe-nos uma atitude de esperança assente na convicção de que ‘Jesus caminha no meio de nós, como fazia na Galileia (…) O seu chamamento é atrativo e fascinante’. Hoje, porém, é mais difícil de escutar e entender pelos jovens, porque são bombardeados por uma variedade de estímulos e uma multiplicidade de propostas geradoras de muito ruído e dispersão, diz o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios.

Na mensagem que escreveu para esta ocasião, D. António Augusto Azevedo considera que esta semana “é ocasião para refletir na centralidade da questão vocacional e para um renovado compromisso em ordem a uma ‘cultura vocacional’”.

Em seu entender, esta “é também uma oportunidade para animar os jovens que fazem parte dos vários seminários do nosso país e reconhecer o precioso trabalho das equipas formadoras e de todos os que colaboram na vida dos seminários”.

Para o bispo de Vila Real, “a vocação significa, antes de mais, um dom, um presente, simultaneamente o mais precioso e o mais exigente” e o “abrir-se a esse dom implica um caminhar juntos com Cristo, na amizade e na liberdade, num seguimento próprio do discípulo que deseja aprender com o mestre.

E acrescenta: “esta amizade com Jesus não conduz ao isolamento, mas impele cada um a sair de si mesmo e abrir-se aos outros, a abraçar os outros com amor e procurar o seu bem. A vocação assim entendida é chamamento ao serviço missionário dos outros e ajuda cada um a descobrir e fazer brotar o melhor de si mesmo para o serviço da Igreja e do mundo”.

D. António Augusto Azevedo reconhece que “o Seminário é o espaço necessário para o discernimento e para uma sólida configuração com Cristo” e que “esse discernimento é favorecido pela vida comunitária própria do seminário que ajuda cada um na descoberta de si mesmo e do outro”.

O Seminário é ainda, admite, “o tempo indispensável para que o percurso de discernimento seja devidamente acompanhado, pessoal e comunitariamente. Em todo este processo há perguntas a responder, dúvidas a esclarecer e receios a superar. Por isso, é fundamental o papel das equipas formadoras dos seminários, em articulação com a diocese e o seu bispo, bem como o papel das famílias, das comunidades cristãs, dos grupos e movimentos e até dos amigos”.

A terminar a sua mensagem, o bispo afirma que “a todos os jovens se renova o apelo do Papa, para que cada um saiba responder à pergunta: ‘Para quem sou eu?’, começando por reconhecer as qualidades e carismas que Deus lhe concedeu e dispondo-se a pô-los ao serviço de todos”.

E ainda “a todos os cristãos é pedido, durante esta semana e sempre, um especial apoio e carinho pelos seminários, que se pode manifestar na oração e na ajuda material”.

Comentários
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  • 10 nov, 2019 12:32
    O chega em portugal "tem que ter os mesmos direitos que deram ao pan!
  • 10 nov, 2019 10:50
    Coitados!

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