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Web Summit 2019

As redes sociais morreram. Longa vida às redes sociais

06 nov, 2019 - 15:08 • Daniela Espírito Santo

Fundador do Giphy defende que o futuro da internet passa pelas mensagens privadas e não por plataformas como o Instagram ou o Facebook.

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O Facebook é “chato”. O Instagram para lá caminha. Alex Chung, cofundador do Giphy, um motor de busca de GIF's (ou imagens animadas), acredita que o futuro da nossa vida online passará por serviços de mensagens instantâneas e não por partilhas nas redes sociais.

Em plena Web Summit, numa conversa com a plateia sobre “como vencer as redes sociais”, Chung não hesitou em garantir que, para ele, o “'social' está praticamente morto”.

“A internet inteira está a mudar-se para o campo privado. Há mais criação de mensagens privadas todos os dias do que publicações”, assegura, vaticinando que “a evolução da internet” passa por deixar de tentar chegar a toda a gente e passar a comunicar apenas com quem nos relacionamos no dia a dia.

Se antes usávamos as redes para mostrar “que íamos a festas”, agora queremos é partilhar os pequenos momentos com os nossos amigos e familiares mais próximos. “Já ninguém tem energia para ir a tantas festas. As pessoas agora querem conectar-se com as pessoas com que se relacionam todos os dias”, desabafa.

O motivo para tal mudança? Estamos todos fartos e as redes convencionais “são chatas”.

“Gostava que as redes sociais fossem melhores, porque são um grande espaço para encontrarmos as nossas tribos. Mas tornou-se tudo muito chato. Segui os meus amigos no Facebook durante anos e agora é simplesmente chato”, adianta.

“O futuro será feito em menor escala”, diz, e a “grande mudança para as marcas” acontecerá quando “passarem a procurar maior interação com os seus maiores fãs” em vez de procurarem acumular mais seguidores.

Num painel onde se falou sobre a necessidade de mostrar “autenticidade e personalidade” nas redes sociais, numa altura em que todos batalhamos pela relevância num mundo sempre conectado, Chung defendeu que o futuro será cada vez mais de nicho porque ninguém tem paciência “para tantas plataformas”.

Para além disso, “a nova geração quer fazer parte da conversa”, razão pela qual a discussão está a passar para o WhatsApp e o Messenger.

O certo é que, para onde quer que caminhemos, iremos encontrar por lá os GIF’s, ou não fosse o Giphy o segundo motor de busca mais usado do planeta.

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