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Educação

BE quer 3.000 funcionários nas escolas com "urgência"

04 nov, 2019 - 11:55 • Lusa

Catarina Martins lembra que o Orçamento do Estado previu essa contratação, mas que não foi feita.

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A coordenadora do BE acusou o Governo de não ter ainda cumprido o reforço previsto no Orçamento do Estado de assistentes técnicos e operacionais nas escolas, defendendo ser urgente a contratação de 3.000 funcionários para este setor.

No final de uma visita à Escola Básica Francisco de Arruda, em Lisboa, Catarina Martins recordou que há um ano tinha visitado este estabelecimento, precisamente durante as negociações orçamentais para 2019 e o partido comprometeu-se a incluir no documento verbas para a contratação do pessoal em falta nas escolas.

"O Orçamento do Estado previu essa contratação, mas a contratação não foi feita, o Governo empurrou com a barriga a concretização do OE e começa um novo ano letivo sem se contratarem os funcionários necessários", criticou, acrescentando que o problema num ano agravou-se, quer por reformas de pessoal, quer por alguns terem entrado de baixa ou pedido para sair das escolas através do regime da mobilidade.

Questionada se o BE se sente enganado pelo Governo quanto a este compromisso, a líder bloquista respondeu indiretamente.

"Absolutamente inaceitável"

"O problema não é saber se não foi cumprido com o BE, claramente não foi. O problema é para o país", atacou.

Catarina Martins considerou "absolutamente inaceitável" que, "para fazer um número com o défice", o Governo deixe que "o primeiro período seja perdido" e exigiu "mecanismos expeditos para dotar as escolas dos 3.000 funcionários que faltam".

"O que dizemos às crianças que estão a começar a sua escola, que não deu jeito para fazer um brilharete de défice que existissem os funcionários que faltam na sua escola? O que dizemos aos professores que estão a trabalhar tantas horas que não aguentam mais, aos funcionários que estão a fazer a vez de dois e três?", questionou.

A líder do BE alertou ainda que, em cidades como Lisboa, o problema agrava-se porque, em janeiro, haverá a passagem de competências relativas às escolas para as autarquias. "Dá ideia que está toda a gente parada a ver se em janeiro o problema já é de outros", lamentou.

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