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Após acordo com França e Alemanha, migrantes do "Ocean Viking" desembarcam em Itália

29 out, 2019 - 13:48 • Beatriz Lopes

A bordo do navio humanitário estavam 104 pessoas, incluindo 41 menores e duas grávidas, que foram resgatados ao largo da costa da Líbia em meados de outubro.

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Depois de 11 dias em busca de um porto para atracar, o navio humanitário “Ocean Viking” viu finalmente os seu pedidos de desembarque atendidos por Itália.

A resposta surge depois de um acordo firmado entre França, Alemanha e Itália. Também o navio “Alan Kurdi”, gerido pela ONG Sea Eye, recebeu luz verde para atracar.

“Ficamos aliviados e agradecemos a França, Alemanha e Itália por terem encontrado uma solução para a recolocação de todos os 104 sobreviventes a bordo do 'Ocean Viking' e das 90 pessoas a bordo do 'Alan Kurdi'. Depois de dias presos no mar e de condições horríveis na Líbia, finalmente serão levados para segurança”, afirma a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) em comunicado divulgado esta terça-feira.

Na mesma nota, a MSF alerta que “estes impasses prolongados e desumanos não devem continuar", considerando "inaceitável deixar pessoas presas no mar, durante dias e semanas, enquanto os Estados europeus debatem como cumprir as suas obrigações humanitárias e legais. É dececionante que apenas três Estados façam parte dessa solução. Todos os Estados Europeus devem cumprir os seus princípios”.

O “Ocean Viking” resgatou, a 18 de outubro, os ocupantes – entre os quais 41 menores e duas grávidas – de um barco insuflável que estava em risco, a 80 quilómetros da costa da Líbia.

A maioria dos migrantes é oriundo da África Ocidental, de acordo com a SOS Mediterrâneo e, segundo o chefe da missão da MSF, Michael Fark, todos “disseram ter sido vítimas ou testemunhas de violência física e sexual” durante a jornada.
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