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“Há muita gente que precisa que cuidados paliativos e não os tem”, alerta Isabel Galriça Neto

28 out, 2019 - 19:07 • Isabel Pacheco

Ex-deputada do CDS pede mais “empenho e esforço do governo” porque, explica, “para se eliminar o sofrimento não se elimina o que sofre”. Cuidados Paliativos vão estar em debate a 16 e 17 de março em Lisboa e Fátima.

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Em Portugal, apenas 30% dos doentes em fim de vida têm acesso a cuidados paliativos. O número é avançado por Isabel Galriça Neto, que garante que “há muita gente que precisa de cuidados paliativos e não os tem”.

“Temos dezenas de milhares de portugueses a carecer de cuidados paliativos e não temos mais de 30 % dos doentes a ter esta resposta”, diz a especialista, que aponta o dedo aos organismos públicos “mais preocupados” com os cortes do que com a “resposta humanizada para os doentes”.

As consequências desses cortes são duas, alerta a médica, a “sobrecarga dos cuidadores e a desumanização dos cuidados de saúde”, conclui.

A antiga presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e ex-deputada do CDS pede, por isso, mais “empenho e esforço do governo” porque, explica, “para se eliminar o sofrimento não se elimina o que sofre”. Essa, diz, “não é, seguramente, a resposta que a sociedade precisa”, remata.

Os aspetos científicos e humanos dos cuidados paliativos vão estar em debate nas Jornadas que vão decorrer em Lisboa e em Fátima.

A iniciativa, que acontece a 16 e 17 de março, resulta da organização conjunta da Academia Pontifícia para a Vida, da Conferencia Episcopal Portuguesa e da Associação de Médicos Católicos.

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