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Encontro Nacional da Pastoral Social

"A quem muito é dado, muito é pedido”. D. José Traquina pede solidariedade entre todos

24 out, 2019 - 17:12 • Teresa Paula Costa

O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana encerreou o 33.º Encontro Nacional da Pastoral Social, que decorreu em Fátima.

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O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. José Traquina, pediu, esta quinta-feira, aos responsáveis pelas instituições de solidariedade social da Igreja que se mantenham fiéis à necessidade de ajudar os que menos têm, apesar das dificuldades financeiras.

Em declarações à Renascença, no final do 33.º Encontro Nacional da Pastoral Social, que decorreu em Fátima, D. José Traquina defendeu que as instituições "devem ser fiéis aos seus princípios e aos seus estatutos".

"Se a instituição tem um problema financeiro, ele não deve ser distanciado da comunidade onde nasceu, porque faz parte dos seus princípios promover a solidariedade entre os fiéis daquela comunidade e entre os utentes e os familiares dos utentes, as pessoas que servem aquela instituição", sublinhou, acrescentando que, por isso, deve cumprir-se "aquilo que está previsto, que é as instituições de solidariedade desenvolverem entre as pessoas da terra, da comunidade cristã e da terra, a solidariedade entre si".

Defendendo que “a quem muito é dado, muito é pedido”, o também bispo de Santarém disse que “àqueles que tiveram maior capacidade de desenvolver negócios e desenvolver riqueza, é-lhes pedido que contribuam para o bem do mundo e ajudem a desenvolver o mundo, criando emprego e ajudando situações sociais que lhes são próximas ou distantes”.

“Mas que contribuam”, insistiu o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.

Aos responsáveis das instituições, D. José Traquina dirigiu ainda outro pedido: apesar de “muitas pessoas” estarem “em situações de algum abandono ou alguma tristeza de abandono”, é nelas que nelas “parte da solução.

"Às vezes, basta levar uma ajuda, uma ideia, desenvolver uma dinâmica entre elas e surgem comportamentos novos, surgem vontades novas", apontou.

"As pessoas têm de ser participantes. Não é mandar fazer, é chamar para um protagonismo de conversão para mudar a situação em que a pessoa está", insitiu.

"Há ambientes que, porventura, estão até degradados, mas, se houver uma mão que consiga desenvolver algum desses mecanismos, as coisas alteram-se”, rematou D. José Traquina.

O 33.º Encontro Nacional da Pastoral Social juntou, em Fátima, centenas de pessoas que ficaram a conhecer casos de sucesso no acolhimento às comunidades locais.

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