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Risco de pobreza em Portugal é o mais baixo de sempre

17 out, 2019 - 07:50 • Redação

O ano de 2017 trouxe melhorias às condições de vida da população, mas mais de uma em cada três pessoas não tinha capacidade para assegurar o pagamento de despesas inesperadas.

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É o nível mais baixo da última década: 2017 foi o ano com menor número de pessoas consideradas pobres em Portugal desde 2003 (17,3%) Este retrato é conhecido no Dia Mundial da Erradicação da Pobreza.

As taxas mais elevadas registaram-se em 2003, 2013 e 2014 quando a pobreza atingiu cerca de um em cada cinco indivíduos. Já os valores mais altos registaram-se em 2013 e 2014 (com uma taxa de 19,5%), um reflexo da crise que o país atravessava.

Quando se fala da taxa de pobreza tem-se em conta as pessoas que têm um rendimento abaixo do limiar do risco de pobreza, ou seja, abaixo dos 60% do rendimento nacional. Na prática, significa que, em Portugal, é-se considerado pobre quando o salário fica abaixo dos 460 euros mensais.

Os números mostram que a esmagadora maioria da população com 65 ou mais anos seria pobre sem transferências sociais. Cerca de 18% vive numa situação de pobreza. Já 2012 e 2013 foram os anos com menor número de pobres entre os idosos, enquanto que, entre 2003-2006, cerca de um em cada quatro era pobre.

Desde 2007, os jovens com menos de 18 anos são o grupo etário que apresenta maior risco de pobreza, tendo em conta que tiveram mais subsídios e contribuições do Estado.

Outra conclusão que se pode retirar tendo em conta os dados da Pordata é que no ano de 2017, caso surgisse uma despesa inesperada, mais de uma em cada três pessoas não teria capacidade para assegurar o pagamento.

Por exemplo, cerca de 41% da população não conseguia pagar uma semana de férias por ano fora de casa, e cerca de 35% não conseguia pagar uma despesa sem recorrer a empréstimo. A nível europeu, em sete países, essa incapacidade atinge metade da população: Letónia, Croácia, Bulgária, Grécia, Roménia, Lituânia e Chipre.

Segundo os números, por toda a UE a 28, o risco de pobreza é mais acentuado entre indivíduos sem escolaridade ou com um nível básico de escolaridade. Em Portugal, um em cada quatro indivíduos com até, no máximo, o 9º ano de escolaridade, é pobre.

A Pordata é um projeto da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Segundo o INE, em 2018, 2,2 milhões de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social em Portugal. Além de 1,8 milhões em pobreza relativa, havia 615 mil que viviam em privação material severa.

A taxa de pobreza e exclusão baixou e Portugal (21,6) alcançou média da União Europeia (21,7%).

O Instituto Europeu para a Igualdade de Género alerta para o facto de a pobreza afetar mais as mulheres e recomenda que se fortaleçam “os objetivos gerais associados à pobreza com medidas específicas de género”.


Comentários
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  • Petervlg
    18 out, 2019 Trofa 09:13
    Não sei onde vão buscar estes estudos, mas andam muito enganados

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