16 out, 2019 - 19:30 • Ana Carrilho
Trabalham para a Altice, NOS, Vodafone e Nowo, mas, para uma larga maioria dos trabalhadores dos "call centers" destas marcas, a entidade patronal é uma empresa de trabalho temporário.
No fim do mês recebem pouco mais do que o salário mínimo, menos de metade do dos colegas com as mesmas funções mas que pertencem aos quadros das operadoras. Por isso, os trabalhadores dos "call centers" das operadoras de telecomunicações agendaram uma greve para o dia 31 de outubro.
A luta pela integração nas empresas em que realmente prestam serviço é um dos motivos para a paralisação. A outra é garantir melhores condições de trabalho, foi sublinhado na tarde desta quarta-feira, no plenário de sindicatos da FECTRANS – Federação de Sindicatos dos Transportes e Comunicações.
"No país da Geringonça"
Tinha esperança que fosse temporário, ela que semp(...)
“Os prémios são uma ilusão”, esclareceu o sindicalista Daniel Negrão, no plenário, isto porque “os objetivos definidos são praticamente inatingíveis".
Estes trabalhadores são considerados indiferenciados, ao contrário do que acontece com os colegas que pertencem aos quadros das empresas a quem todos prestam serviços. “Por exemplo, na Altice, são considerados trabalhadores especializados e podem ter vencimentos a variar entre os 1.300 e os 2.700 euros", garante o dirigente do Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações de Portugal (SNCTP).
Apesar da sindicalização nesta área ser muito baixa, espera-se uma "boa adesão", já que a greve foi decretada por três sindicatos da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), na sequência de plenários de trabalhadores: SNCTP, Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTAV) e Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI).