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GNR ajuda Ascendi a cobrar dívidas de portagens

15 out, 2019 - 20:26 • Sandra Afonso

Depois dos impostos, agora são as portagens em falta. Esta manhã, no âmbito de uma operação da GNR em Vilar Formoso, fiscais da concessionária exigiram aos condutores o pagamento de dívidas. Uma informação avançada pela SIC Notícias. Tanto a GNR como a empresa negam à Renascença qualquer coordenação entre as brigadas, mas só a intervenção dos militares permitiu cobrar estas dívidas.

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A Ascendi diz que tem brigadas de fiscalização, diariamente, em quatro concessões. As imagens captadas esta terça feira, pela Sic Notícias, na área de serviço da A25, mostram “a actuação diária e normal daquela brigada”.

Em resposta à Renascença, a empresa garante que esta operação “é independente de operações esporádicas levadas a cabo pelas autoridades policiais.” Na mesma linha, o Comando Geral da GNR garante também que os militares não estavam coordenados com a Ascendi.

No entanto, os fiscais da empresa cobraram dívidas aos condutores mandados parar pela GNR, não a condutores que pararam para abastecer ou tomar café na área de serviço.

Por outro lado, questionada sobre a legislação que suporta esta intervenção, a Ascendi remete para o artigo 4.º, da Lei 25, que aponta sempre para intervenções em conjunto com forças da autoridade: “Os agentes de fiscalização podem, com a intervenção da autoridade policial, mandar interromper a marcha do veículo em causa, tendo em vista o pagamento imediato do valor da taxa de portagem devida e dos custos administrativos associados.”

Segundo a Ascendi, as brigadas actuam entre as seis da manhã e as dez da noite e preferem as áreas de serviço, que consideram um “local seguro para a abordagem aos automobilistas com registo de infrações”. A empresa não menciona a GNR nem operações Stop, mas defendeu-se com uma lei que justifica a actuação dos fiscais, associados à GNR.

Uma vez que as duas desmentem qualquer associação nesta operação, fica por explicar porque os condutores foram encaminhados pela GNR para a brigada da ascendi, como denuncia um dos automobilistas.

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  • Apolinário
    16 out, 2019 Guarda 10:53
    O engraçado de tudo é que ditas portagens nem se quer são dignas dessas espectaculares autoestradas. Depois tinham evitado todo esse transtorno se tivessem feito portagens tradicionais onde os automobilistas são obrigados a parar para poder adquirir o passe que lhes permite andar no dito trajecto "caminho de cabras". Parece mais uma noticia sensacionalista e alarmista já que não faz parte das funções da GNR cobrar dividas de portagens e nem acredito tão pouco que tenha havido dita articulação.
  • Luis Ribeiro
    15 out, 2019 Faro 21:04
    Gostava de saber se a Autoridade Tributária ou a GNR me ajudavam a que me fosse atribuida a reforma que aguardo á mais de 2 anos. Se fossem tão lestos a fazer o que devem como são coniventes com entidades privadas a cobrar dividas, estes organismos publicos é que brilhavam. Assim, parece que funcionam ao som da flauta. De quem a toca.

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