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FMI revê em alta crescimento do PIB português para 1,9% este ano e 1,6% em 2020

15 out, 2019 - 14:12 • Lusa

Previsões do FMI estão agora alinhadas com as do Governo em 2019, mas menos otimistas para 2020, ano em que o executivo estima que o crescimento se mantenha em 1,9%.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu esta terça-feira em alta a previsão para a economia portuguesa em 2019 e 2020, antecipando um crescimento de 1,9% este ano e 1,6% no próximo, acima da estimativa realizada pela instituição em julho.

Com a revisão em alta de 0,2 pontos percentuais para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, o FMI posiciona as suas previsões alinhadas com as do Governo, mas mantêm-se menos otimista para 2020 do que o executivo, que estima 1,9% para ambos os anos.

Assim, embora tenha melhorado as previsões em 0,1 pontos percentuais face às anteriores projeções feitas para Portugal para 2020, o FMI continua a estimar um abrandamento da economia para 1,6% no próximo ano.

As previsões constam do World Economic Outlook (WEO), divulgado esta terça-feira, no qual o FMI também antecipa uma queda da taxa de desemprego portuguesa para 6,1% este ano (6,2% na anterior estimativa) e 5,6% em 2020 (5,7% na anterior estimativa), inferior à previsão do Governo, de 6,6% e 6,3%, respetivamente.

Para o défice da balança corrente, a instituição liderada por Kristalina Georgieva espera que se fixe nos 0,6% do PIB em 2019 e 0,7% em 2020, mantendo a previsão relativa a este ano, mas piorando em 0,2 pontos percentuais a projeção para 2020.

O Governo espera um défice orçamental de 0,2% do PIB, depois dos 0,5% verificados em 2018, o melhor registo da democracia e abaixo do previsto pelo executivo.

Fundo revê em baixa crescimento da zona euro

O FMI piorou em 0,1 pontos percentuais as projeções de crescimento na zona euro para 2019 e 2020 para os 1,2% este ano e 1,4% no próximo ano.

De acordo com a atualização do seu World Economic Outlook (WEO) hoje divulgada, o crescimento da zona euro foi revisto em baixa devido ao abrandamento das exportações e face ao atual contexto de "incerteza" relativa ao impacto da saída do Reino Unido da União Europeia (´Brexit').

Segundo a instituição liderada por Kristalina Georgieva, a economia da zona euro registou um crescimento mais forte no primeiro semestre deste ano, do que no segundo semestre de 2018.

No entanto, sinaliza, a economia alemã contraiu-se no segundo trimestre, com uma descida da atividade industrial, e as fracas exportações têm afetado a atividade da região, enquanto a procura interna se tem mantido estável.

O WEO revê assim em ligeira baixa as previsões de crescimento da Alemanha e França, para 0,5% e 1,2% em 2019 e 1,2% e 1,3% em 2020, respetivamente.

Itália contou igualmente com uma revisão em baixa do seu crescimento (para 0,0% em 2019 e 0,5% em 2020), devido ao abrandamento do consumo e ao enfraquecimento do ambiente externo, assim com Espanha, que passa de um crescimento de 2,6% em 2018 para uma projeção de crescimento de 2,2% em 2019 e 1,8% em 2020.

O FMI reviu também em baixa a sua estimativa para o crescimento do PIB mundial para 3% em 2019, menos 0,3 pontos percentuais face à anterior estimativa, sinalizando que este abrandamento se encontra ao nível mais baixo desde a última crise financeira, e para 3,4% em 2020, menos 0,2 pontos percentuais.

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