12 out, 2019 - 19:47
Depois de mais de uma semana de protestos e confrontos no Equador, os líderes do protesto aceitaram este sábado negociar diretamente com o Presidente Lenin Moreno.
O anúncio de diálogo surge ao décimo dia de manifestações e num sábado em que a estrada para o aeroporto da capital, Quito, foi cortada.
Depois de os líderes indígenas terem aceitado conversar com o Presidente, o presidente da Câmara de Quito, Jorge Yunda, revelou que o Governo vai “analisar” o corte no subsídio aos combustíveis, que está na origem dos tumultos.
Depois de os manifestantes aceitarem negociar, o Presidente Lenin Moreno ordenou este sábado o recolher obrigatório e destacou os militares para as ruas de Quito.
Numa mensagem publicada no Twitter, Lenin Moreno anunciou o reforço de segurança a partir das 15h00 locais (21h00 de Lisboa).
“Facilitará o desempenho da força pública contra os excessos intoleráveis de violência inaceitáveis”, escreveu o chefe de Estado.
Em resultado dos confrontos dos últimos dias no Equador, pelo menos quatro pessoas morreram e centenas foram detidas ou hospitalizadas.
As medidas de austeridade, que fizeram disparar o preço da gasolina e do gasóleo, têm como objetivo reduzir o défice do país, que chegou recentemente a acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um empréstimo de 3,8 mil milhões de euros.
[notícia atualizada às 21h01]