12 out, 2019 - 00:53 • Redação com Reuters
O Presidente do Equador convidou esta sexta-feira os líderes indígenas para conversações, que foram imediatamente rejeitadas, para tentar acabar com a onda de protestos anti-austeridade que varre o país há nove dias e, sobretudo, a capital Quito.
Numa declaração de 40 segundos ao país, o Presidente Lenin Moreno apelou ao diálogo com os líderes dos protestos que mobilizaram milhares de manifestantes para as ruas do país sul-americano.
“É indispensável acabar com a violência. Há que encontrar soluções para os problemas do país. O país tem de recuperar a calma. O país tem que saber que nós temos vontade de dialogar diretamente”, afirmou Lenin Moreno.
O repto presidencial foi prontamente rejeitado pelo líder dos protestos. Jaime Vargas afirma que o movimento está a “defender as pessoas” e exige que o Governo recue no fim dos subsídios que fizeram disparar os preços dos combustíveis.
Os confrontos dos últimos dias provocaram, pelo menos, quatro mortos entre os manifestantes e centenas de feridos e detenções.
O bispo D. Luis Cabrera defende que as duas partes em conflito precisam de recuperar a confiança. “Enquanto dos dois lados estão a extremar posições, acho que vai ser muito difícil, quase impossível, para eles dialogarem”, afirmou o bispo.