10 out, 2019 - 21:17 • Lusa
Um dividido Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) não concordou, esta quinta-feira, em emitir uma declaração após uma reunião fechada sobre os ataques da Turquia no nordeste da Síria, segundo informação divulgada.
Entretanto, a embaixadora dos Estados Unidos da América (EUA) na ONU, Kelly Craft, advertiu a Turquia que "sofrerá consequências" se a sua ofensiva no nordeste da Síria não proteger as "populações vulneráveis" e se permitir um ressurgimento do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).
"Um fracasso na hora de cumprir com as regras de proteger as populações vulneráveis ou garantir que o [grupo extremista] Estado Islâmico não possa explorar estas ações para se reorganizar terá consequências" disse aos jornalistas Kelly Craft, no final da reunião da ONU.
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Na reunião, os cinco membros europeus que pediram a reunião desta quinta-feira (existem 15 países-membros) instaram a Turquia a uma declaração conjunta "para cessar a ação militar unilateral". Consideram que o ataque ameaça o progresso contra o EI.
A reunião foi convocada pela França, Reino Unido, Alemanha, Bélgica e Polónia, os cinco países da União Europeia (UE) atualmente representados no Conselho de Segurança.
Os membros do Conselho advertiram que as "renovadas hostilidades armadas no nordeste minarão ainda mais a estabilidade de toda a região e vão agravar o sofrimento dos civis e provocar mais deslocações."
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, cujo país é um importante aliado sírio, disse aos jornalistas que qualquer declaração do conselho sobre a Síria deve abordar questões mais amplas, incluindo a presença de forças estrangeiras no país.