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Forças portuguesas sofrem emboscada na República Centro-Africana

09 out, 2019 - 18:12 • Agência Lusa

Em comunicado, Estado Maior General das Forças Armadas diz que não foram registadas baixas.

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Forças portuguesas sofrem emboscada na República Centro-Africana

Uma coluna de militares portugueses na República Centro-Africana sofreu uma emboscada, a 26 de setembro, em Yadé, norte de Bangui, por “um grupo armado”, não se tendo verificado baixas entre a força nacional, foi anunciado esta quarta-feira.

O Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) confirmou, em comunicado, este incidente durante uma missão do contingente português, que é a força de intervenção rápida da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA).

Os militares portugueses foram destacados para “proteger a população contra a postura ofensiva de um dos grupos armados existentes na RCA” e a missão prolongou-se de 23 a 30 de setembro, ainda segundo o mesmo comunicado.

À chegada a Yadé, a norte de Bangui, a capital, foi observada, por “drones” do Exército português, “a fuga precipitada de vários elementos, pertencentes ao grupo armado opositor”.

Nessa altura, “uma das colunas da força foi emboscada”, com a deflagração de um “engenho explosivo”, acompanhada “de fogo de armas ligeiras” sobre a força de reação rápida.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

O Governo centro-africano controla cerca de um quinto do território. O resto é dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro pelo Governo e por 14 grupos armados. Um mês mais tarde, as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da missão das Nações Unidas, cujo 2.º comandante é o major-general Marcos Serronha, onde está a 6.ª Força Nacional Destacada (FND), e militares na Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana, cujo 2.º comandante é o coronel Hilário Peixeiro.

A 6.ª FND, que tem a função de Força de Reação Rápida, integra 180 militares, na sua maioria paraquedistas, pertencendo 177 ao Exército e três à Força Aérea. Na RCA estão também oito elementos da Polícia de Segurança Pública.

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