04 out, 2019 - 01:26 • Isabel Pacheco
Na primeira vez que Francisco Louçã subiu ao palco da campanha, esta quinta-feira à noite, no Porto, aproveitou para trazer à memória as provas de que a “estabilidade e o bom senso” têm a marca do Bloco de Esquerda (BE).
E não foi preciso ir muito longe, o fundador do partido recuou até junho, altura em que “o Governo se quis deitar abaixo para provocar eleições, lembram-se?”, perguntou Louçã, que recordou que foi no Bloco onde prevaleceu o “bom senso e a estabilidade”.
O antigo coordenador do Bloco referia-se ao episódio dos professores que levou à crise política protagonizada pelo PS de António Costa que, “se é primeiro-ministro é porque Catarina Martins e, também, Jerónimo de Sousa lhe deram a mão”, lembrou o economista.
Mas se Louçã terminou a sua intervenção no comício da Alfândega do Porto com as “alfinetadas” ao Partido Socialista. As primeiras palavras foram de agradecimento à direita e ao seu “estilo rabugento”.
“Só tenho de agradecer aos chefes da direita. Os dois são o postal ilustrado da troika. Estão sempre rezingões”, atirou.
“É com as eleições, é com a falta de subsídio para os colégios privados, é com os hospitais públicos que deviam ser geridos por privados, é com as arvores que não são eucaliptos, é com o Parlamento, é com a rua”, ironizou o bloquista.
O comício do BE, que juntou 700 pessoas na Alfândega do Porto, foi o último do partido a norte do país, antes de rumar a Setúbal onde a caravana bloquista fecha, esta sexta-feira, a campanha eleitoral.