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Contratação de Silas abre guerra entre Sporting e Associação de Treinadores

01 out, 2019 - 13:21 • Redação

O Sporting reage, quatro dias depois, às declarações de José Pereira à Renascença. O clube vai exigir à Liga que avalie se o princípio da certificação dos treinadores é legal.

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O Sporting entra em confronto direto com a Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), depois do seu presidente, José Pereira, ter criticado, em entrevista à Renascença, a contratação de Silas, um treinador que não tem as habilitações exigidas pela Liga para ser treinador principal de um clube profissional.

Na nota publicada no site, o Sporting, em momento algum, aborda a questão das habilitações de Silas. O que os leões questionam é o princípio da certificação dos treinadores pela ANTF e anunciam demanda por um esclarecimento total da situação. As declarações de José Pereira, que o clube classifica de "ridículas e inaceitáveis" foram a ignição para a revolta.

"Face ao comportamento absolutamente descabido e de anti-sportinguismo primário relevados pelo presidente da Associação de Treinadores de Futebol, o nosso clube anuncia que vai encetar diligências para que sejam restringidas as atribuições daquela associação, começando por exigir à Liga Portuguesa de Futebol Profissional que avalie se é legal o princípio da certificação dos treinadores", compromete-se o Sporting.

O clube considera que a ANTF atua "à margem da Constituição" e equipara o seu modo de operar a o de um sindicato e não a o de uma ordem. "Esta associação de tipo sindical não é uma Ordem Profissional pelo que o Estado não lhe atribuiu essa competência especial de regular as normas técnicas e os princípios e regras deontológicas dos respetivos profissionais.

"O próprio presidente dessa associação, ao justificar as suas declarações dando como exemplo a atividade médica e procurando assim equiparar as competências da mera associação de treinadores à Ordem dos Médicos, está assim a demonstrar o estado de confusão em que ele próprio vive", acusa.

O Sporting conclui que "é ilegal e inconstitucional o princípio em que assentam as declarações do presidente da Associação de Treinadores, segundo o qual tem de haver um registo prévio de cariz associativo e uma certificação técnica". "Este tipo de certificação, sublinha-se, apenas está conferido pela Lei portuguesa a instituições como as Ordens Profissionais o que Associação Nacional de Treinadores não é", concluem os leões.

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